Irmã de Ghosn é acusada de “enriquecimento sem causa”

13 de dezembro de 2018

O processo é a mais recente reviravolta para uma briga judicial entre Ghosn e a Nissan.

A Nissan abriu nesta terça-feira (11) processo contra irmã do ex-presidente do conselho de administração da montadora Carlos Ghosn em um tribunal do Rio de Janeiro por “enriquecimento sem causa”, de acordo com um registro judicial visto pela Reuters.

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O processo é a mais recente reviravolta para uma briga judicial entre Ghosn e a Nissan sobre o conteúdo de um apartamento à beira-mar que o ex-executivo usou durante suas viagens ao Brasil.

Nascido no Brasil, Ghosn está preso no Japão, acusado de declarar renda menor que a real enquanto liderava a montadora japonesa e de desviar fundos da companhia para uso pessoal. A montadora afirma que pode haver evidências de seus supostos crimes no apartamento no Rio de Janeiro.

Detalhes adicionais sobre o processo de enriquecimento sem causa não estavam disponíveis imediatamente e não ficou claro quanto tempo levaria para resolver o caso.

A imprensa japonesa já havia informado que Claudine Bichara de Oliveira, irmã de Ghosn, poderia estar envolvida no escândalo.

O “Yomuri”, o maior diário do Japão em circulação, informou em novembro citando fontes não identificadas que a investigação interna da Nissan descobriu que Ghosn instruiu a companhia desde 2002 a pagar cerca de US$ 100 mil por ano para sua irmã mais velha. A compensação deveria ser para um papel como conselheira.

O jornal acrescentou que ela estava, de fato, morando e gerenciando o apartamento no Rio que a Nissan comprou para o uso de Ghosn e que não havia feito nenhum trabalho de consultoria para a montadora.

O representante da família Ghosn não quis comentar o assunto.