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O negócio acontece depois qde a Celgene comprar a Juno Therapeutics, desenvolvedora de uma droga experimental para tratamento da doença, por US$ 9 bilhões, apostando na terapia de receptor antígeno de células T, conhecido como CAR-T. As negociações começaram em setembro, com a Bristol-Myers se aproximando da Celgene, de acordo com uma fonte familiarizada com o assunto.
O analista da BMO Capital Markets, Alex Arfaei, disse que o acordo aborda um tema que é prioridade para a Bristol na diversificação de sua atuação em imunoterapia, classificando a aquisição de uma boa oportunidade, mas cara. “Este acordo proposto não dá um sinal confiável sobre as perspectivas independentes de crescimento da Bristol”, disse Arfaei em nota para clientes.
O aumento da concorrência entre os principais tratamentos contra o câncer de ambas as empresas e os contratempos clínicos ocorridos no ano passado levantaram preocupações dos investidores com suas perspectivas futuras. As ações da Celgene perderam 38,6% do seu valor em 2018, enquanto as da Bristol-Meyers perderam 15,2%. Os acionistas da Celgene vão receber uma ação da Bristol e US$ 50 em dinheiro por cada papel da Celgene detido. O valor representa um prêmio de 53,7% em relação ao preço da ação da Celgene na quarta-feira.
As empresas esperam concluir a transação no terceiro trimestre deste ano. A porção em dinheiro será financiada por uma combinação de dinheiro em caixa e emissão de dívida.
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