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Após uma auditoria de três meses da governança da Nissan na esteira de um escândalo que abalou a indústria automotiva global, o comitê atribuiu a culpa diretamente ao que classificou como concentração de poder de Ghosn. O órgão também apontou o papel de Hiroto Saikawa, diretor-executivo da empresa, no arranjo salarial de Ghosn que está no cerne do escândalo.
O grupo emitiu 38 recomendações para fortalecer a governança da Nissan, entre elas que altos cargos executivos da montadora japonesa não devem ser ocupados por pessoas que têm cargos executivos na Renault ou na parceira minoritária Mitsubishi Motors.
Ele também propôs que a maioria dos diretores, inclusive o presidente do conselho, seja de diretores independentes e de fora e que o cargo de presidente da empresa seja abolido.
As recomendações do comitê externo de sete membros vêm semanas depois de Nissan e Renault anunciarem que reformularão sua aliança, uma das maiores montadoras de veículos do mundo, para acabar com a todo-poderosa presidência antes exercida por Ghosn.
“Existem fatos suficientes para se suspeitar de violações de leis e regulamentos, violações de regras internas e de uso particular de fundos e gastos da empresa… por parte do senhor Ghosn”, disse o comitê em seu relatório.
Ele também destacou Greg Kelly, diretor da Nissan que também foi indiciado, por supostamente ter ajudado Ghosn a evitar a supervisão, e disse que Saikawa assinou documentos relacionados a compensações que Ghosn receberia depois de se aposentar.
“Está claro que há questões que exigem melhoras com respeito à governança da Nissan, já que esta não poderia evitar a má conduta”.
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