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Às 10:28, a moeda norte-americana recuava 0,05%, a R$ 3,9000 na venda. Na véspera, a divisa fechou com forte alta, de 0,85%, e fechou a R$ 3,9018, maior patamar de fechamento desde 29 de março. O dólar futuro também rondava a estabilidade.
Agentes financeiros, porém, não descartam que a oposição atue para obstruir a votação, que pode ficar para após o feriado de Páscoa.
“Há uma torcida para eles votarem a admissibilidade até amanhã, mas a oposição está ferrenha no intuito de jogar isso para semana que vem. Se votar só semana que vem, será mais uma ‘mini derrota’ para o governo”, explicou a estrategista de câmbio do Banco Ourinvest, Fernanda Consorte, citando a inversão de pauta no colegiado mais cedo na semana.
“Se adiar, vai para o final de abril ainda com a reforma da Previdência na CCJ, um processo muito lento. Acho que esse dólar a R$ 3,90 sugere que há uma aversão a risco para o Brasil por conta dessa demora”.
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Ainda há no pregão desta quarta-feira rescaldo das medidas anunciadas na véspera pelo governo para evitar uma nova greve dos caminhoneiros, que não foram bem recebidas pela categoria.
“Isso também está dentro dos preços hoje, mais uma vez o governo foi contra o que se chamam de liberal. Fizeram exatamente o que criticavam no governo anterior. Na minha opinião, foi um grande tiro no pé”, afirmou a estrategista.
Os ganhos, no entanto, eram limitados por dúvidas, uma vez que pode ser cedo demais para dizer que houve uma recuperação na economia do país asiático.
O Banco Central realiza nesta sessão leilão de até 5,350 mil swaps cambiais tradicionais, correspondentes à venda futura de dólares, para rolagem do vencimento de maio, no total de US$ 5,343 bilhões.