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Um dia após o diretor de Política Monetária do Banco Central, Bruno Serra Fernandes, dizer que a autoridade monetária não tem “preconceitos” em relação ao uso de qualquer instrumento cambial, nesta sexta foi a vez de o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmar não haver motivos estruturais para a cotação se manter acima de R$ 4.
A moeda norte-americana cedeu também no exterior, após a abertura de dados do PIB dos Estados Unidos indicar atividade mais lenta, o que reforça a postura branda do Federal Reserve na política monetária.
Na semana, o dólar acumulou alta de 0,05%. Até quarta-feira (24), a valorização acumulada era de 1,44%.
A pressão sobre o câmbio cresceu no começo da semana à medida que o mercado demonstrou mais dúvidas sobre a capacidade do governo de se articular a favor de um andamento célere da reforma da Previdência. Para o Morgan Stanley, os níveis alcançados pela moeda norte-americana parecem exagerados.
Estrategistas do banco notam que os prêmios de risco bateram patamares similares aos vistos na época da greve dos caminhoneiros, em maio passado, e que as posições vendidas em real superaram as máximas das eleições presidenciais.
“Isso potencialmente fortalece o caso de o real não ter uma performance tão fraca quanto a temida, conforme preço e posicionamento se alinham”, afirmam estrategistas em nota.
O Morgan Stanley estima dólar de R$ 3,50 ao fim deste ano. Na Focus, a mediana das projeções colhidas pelo Banco Central aponta taxa de R$ 3,75.
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