- Mesmo com a oferta inicial de ações, os fundadores do aplicativo, Logan Green e John Zimmer, não têm participação suficiente para atingir 10 dígitos de patrimônio;
- Rival da Uber alcançou capitalização de mais de US$ 20 bilhões em sua estreia na bolsa;
- Embora IPO da Lyft não tenha criado novos bilionários, gerou cerca de 6 mil novos milionários.
Em termos de popularidade, a Lyft pode ser considerada a segunda colocada na corrida do mercado de mobilidade urbana, logo atrás da Uber. Em sua estreia na bolsa, porém, ela conseguiu bater sua maior rival. Os investidores ignoraram a falta de lucros da empresa, e as ações do aplicativo tiveram um salto de 21%, atingindo US$ 87,24 na oferta inicial (IPO, na sigla em inglês), com uma capitalização de mercado de mais de US$ 20 bilhões.
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O tamanho diminuto da fatia que pertence aos fundadores pode ser atribuído à diluição de grandes rodadas de financiamento para levantar mais de US$ 5 bilhões, incluindo uma oferta de março de 2018. Essa é outra diferença em comparação com a Uber. O ex-CEO da empresa, Travis Kalanick, ficou famoso por não vender uma ação sequer até uma oferta do Softbank, no ano passado. Hoje, Kalanick possui cerca de 7% da Uber, fatia que representa a maior parte de seu patrimônio, estimado em US$ 5,8 bilhões. A Uber, avaliada pela última vez por investidores privados em US$ 76 bilhões, também tem outros dois bilionários: o fundador Garrett Camp (US$ 4,6 bilhões) e seu primeiro CEO, Ryan Graves (US$ 1,6 bilhão).
Apesar de possuírem uma pequena participação, Green e Zimmer — já prestigiados pela lista Under 30, da Forbes EUA — seguem o exemplo de outros IPOs de tecnologia e mantêm o controle da empresa. Como parte de sua oferta inicial, a Lyft instituiu uma dupla classe de ações com os fundadores, combinando 48,76% dos títulos. As ações de Green totalizam 29,31% dos votos, enquanto Zimmer detém 19,45%.
O apetite pelo aplicativo — e por esse mercado — levou o IPO ao topo. A Lyft disse na última quinta-feira (28) que precificou sua oferta inicial em US$ 72 e que estava oferecendo 32,5 milhões de ações Classe A, além de outras 4,9 milhões ações. Segundo a Reuters, os preços deram à empresa uma estimativa de mais de US$ 24 bilhões, acima de uma avaliação do mercado, de US$ 15,1 bilhões.
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Benefício para outros bilionários
Embora Zimmer e Green ainda não tenham alcançado o status de bilionários, outros receberão um impulso em suas fortunas graças ao IPO. A maior acionista da Lyft é a empresa japonesa de comércio eletrônico Rakuten, do bilionário Hiroshi Mikitani (patrimônio líquido de US$ 6 bilhões). Sua participação vale mais de US$ 2,2 bilhões, segundo estimativas da Forbes. A Andreessen Horowitz, empresa de capital de risco dirigida pelo bilionário Marc Andreesen, é a segunda maior acionista, com pouco mais de 5%.
Embora o IPO da Lyft não tenha criado novos bilionários, ela contribuirá para cerca de 6 mil novos milionários, no que é apenas o começo da corrida do unicórnio tecnológico.
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