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O banco de fomento anunciou hoje (14) que teve lucro de R$ 11,1 bilhões de janeiro a março, um salto de 437% ante mesma etapa de 2018, e o maior da série história iniciada em 2002.
As vendas de ações, concentradas no braço de participações do banco, BNDESPar, somaram R$ 9,3 bilhões, incluindo também participações em empresas como Vale, Grupo Rede e Petrobras, além de Marfrig e JBS.
Com a venda de ações da Petrobras, a participação do BNDES na companhia caiu de 15% para 13,9%. “Isso teve reflexo no nosso balanço”, afirmou a jornalistas o presidente do BNDES, Joaquim Levy.
No trimestre, o BNDES começou a receber também do Fundo de Garantia à Exportação (FGE) R$ 500 milhões referentes a calotes dados por outros países no banco. Na última década, construtoras do país fizeram obras no exterior com financiamento do BNDES. “Boa parte desses R$ 500 milhões são da Venezuela”, disse Levy.
Esses resultados compensaram com sobras o efeito da queda da receita do BNDES com operações de crédito, que diminuiu em razão da redução no volume da carteira.
De todo modo, Levy disse que a meta de desembolsos esse ano, de R$ 70 bilhões, pode ser revista para cima. Em 2018, os empréstimos do BNDES caíram pelo quinto ano seguido, para R$ 69,3 bilhões.
Segundo Levy, até o fim de maio, o banco deve devolver ao Tesouro R$ 30 bilhões, referentes a repasses feitos no passado. Na última década, o banco foi irrigado com quase R$ 500 bilhões do Tesouro Nacional. Nos últimos três anos, essas verbas estão sendo devolvidas.
CAMINHÕES
Levy anunciou, ainda, que na semana que vem devem estar disponíveis os R$ 500 milhões de uma linha de crédito para caminhoneiros. O financiamento foi anunciado após ameaça de nova greve do setor, em abril. Levy destacou que, se for necessário, o BNDES pode dobrar para R$ 1 bilhão.
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