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O ambiente externo menos arisco, sinais de maior esforço do governo em torno da reforma da Previdência explicaram a queda.
Investidores acompanharam a participação do ministro da Economia, Paulo Guedes, em audiência da comissão especial da Câmara dos Deputados sobre reforma previdenciária. O maior envolvimento do presidente Jair Bolsonaro para conquistar mais votos para a proposta reverberou no mercado.
Na véspera, o Bolsonaro aceitou recriar os ministérios das Cidades e Integração Nacional, o que foi entendido como um afago ao Centrão.
“Estamos longe de achar que vão aprovar a reforma logo, mas esses movimentos deram ao mercado a impressão de que o governo está realmente mais engajado na articulação política”, disse Thiago Silencio, operador de câmbio da CM Capital Markets.
Analistas aguardam agora sinais do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que anunciará em breve sua decisão para a Selic. A expectativa é que a taxa seja mantida em 6,50%, mas alguns analistas voltaram a citar chances de corte da taxa nos próximos meses.
Em outubro de 2016, a Selic estava em 14,25% ao ano. O tombo de 775 pontos-base na taxa básica desde então é citado por profissionais do mercado como um dos fatores para a desvalorização cambial de 19,4% do período, uma vez que reduziu o diferencial de retornos entre o Brasil e o mundo, deixando o mercado local menos atrativo para fluxo estrangeiro.
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