- A ausência do Android nos dispositivos Huawei limita seu comércio ao mercado da China, que responde por metade das vendas da empresa;
- Mesmo que continuem com o sistema operacional do Google, a Huawei terá smartphones desatualizados;
- O Apptoide, loja portuguesa de aplicativos, é uma das opções para sanar parte do problema.
Qualquer alternativa ao Google é um risco em potencial. Independentemente de qual sistema a Huawei apresente em contrapartida ao ecossistema digital do Google, é provável que haja uma perda quase total de participação nos mercados fora da China.
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É na impossibilidade de acesso aos serviços que está o problema. Consequentemente, não é uma alternativa ao Android que a Huawei precisa desenvolver, são os serviços em si, e isso representa um grande problema, já que existem dois estágios para a decisão de compra do smartphone:
1. iOS ou Android: O ecossistema digital nos mercados desenvolvidos está tão maduro que a decisão de compra do usuário é impulsionada principalmente por responder à pergunta: “Eu vivo minha vida digital com a Apple ou com o Google?”. É essa decisão de qual sistema operacional usar que complica as coisas para a Huawei.
2. Versão do Android: Uma vez que uma decisão foi favorável a comprar um dispositivo com sistema Android, pensa-se sobre o preço, a tela e a câmera, mas isso é secundário. E é justamente nesse ponto que a Huawei disputa com seus concorrentes. Por isso, a Apple e o Google ganham a maior parte do dinheiro envolvido na venda de smartphones, deixando os fabricantes de aparelhos Android com as sobras.
Uma possibilidade é a Huawei incluir uma loja de aplicativos de marca branca, como o Apptoide, em seus dispositivos, onde todos os serviços do Google podem ser encontrados, baixados e instalados no dispositivo após sua venda. O Apptoide é de Portugal, portanto, não haverá problemas com a Huawei. Esta é uma solução viável para o problema, mas pesquisas mostram que apps instalados de fábrica funcionam melhor, têm instalação mais fácil e configuração padrão.
Há também um risco considerável de os usuários não entenderem essa diferença: verem um dispositivo sem serviços do Google e descartá-lo em favor das muitas outras alternativas com o sistema Android. Consequentemente, voltar a ter os serviços do Google em seus dispositivos deve ser a prioridade número um para a Huawei, pois qualquer outra alternativa pode resultar em uma perda de metade de seu negócio de smartphones.
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Infelizmente para a Huawei, há muitas alternativas boas e a preços excelentes na concorrência. O principal beneficiário potencial seria a Samsung. Isso ocorre por conta da força da marca e do poder de crescimento e distribuição em escala, suficientes para atender à nova demanda, em caso de fracasso da Huawei.