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Às 12:12, o dólar recuava 0,65%, a R$ 3,8639 na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de maior liquidez cedia 0,59%, a R$ 3,871.
Do lado doméstico, a sensação de melhora na articulação do governo com o Congresso e renovados sinais positivos dos parlamentares a respeito da reforma da Previdência têm respaldado o ajuste de baixa na moeda norte-americana, que já recua cerca de 6% desde as máximas em oito meses alcançadas em meados de maio.
Nesta sessão, o dólar caía no Brasil em sintonia com o movimento global. Pares do real como peso colombiano, lira turca, rupia indonésia e peso chileno se apreciavam diante da sinalização do chairman do Federal Reserve, Jerome Powell, sobre a possibilidade de corte de juros nos EUA. Além de aliviar condições financeiras em todo o mundo, um corte de juros pelo Fed ajudaria pelo menos a evitar nova queda no diferencial de taxa entre Brasil e EUA, o que poderia estimular ingressos de recursos para a renda fixa doméstica, aumentando a oferta de dólares no país.
As entradas de capital poderiam se acelerar à medida que o mercado ganha confiança no andamento da reforma previdenciária. Os juros futuros de longo prazo, tradicional reduto de estrangeiros, têm sofrido fortes quedas recentemente, atingindo mínimas recordes, justamente por causa da maior confiança na aprovação de reformas estruturais.
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“Não dá para dizer que o movimento recente (de queda do dólar) é tendência. O dólar está apenas voltando a patamares mais condizentes com o cenário. A esticada (para acima de R$ 4,10) foi um exagero”, completou. O BC vendeu nesta terça-feira todos os 5,05 mil contratos de swap cambial tradicional ofertados em rolagem do vencimento julho.
Em 24 operações, o BC já rolou US$ 6,060 bilhões, de um total de US$ 10,089 bilhões a expirar em julho. O estoque de swaps do BC no mercado é de US$ 68,863 bilhões.