Startup usa bactérias para despoluir águas em Brumadinho

29 de junho de 2019
Getty Images

Rio Paraopepa dois dias depois do acidente em Brumadinho

A O2eco, de São José dos Campos (SP), usou seu know-how para ajudar as vítimas da tragédia do rompimento da barragem de rejeitos de minério da Vale em Brumadinho (MG). A tecnologia da empresa ajudou na limpeza das águas próximas ao local do desastre, diminuindo os impactos devastadores do desastre para moradores e para a fauna da região.

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O processo utiliza uma placa de cera contendo nanominerais e oligoelementos que estimula a proliferação de bactérias benéficas que consomem a matéria orgânica e inorgânica dentro da água. Não há inserção de produtos químicos ou geração de nenhum grau de toxicidade no corpo hídrico tratado com a tecnologia, explica Luís Fernando Magalhães, um dos sócio da O2eco. “Com o uso da tecnologia, a produção de bactérias pode crescer de 8 mil vezes para 10 milhões de vezes a cada dez horas, o que faz com que o consumo de materiais orgânicos e inorgânicos seja mais rápido”, diz.

A tecnologia veio da Austrália, onde Magalhães morou por 14 anos, e já havia sido empregada com a mesma finalidade após o desastre ambiental de Mariana, em 2015. A O2eco também fornece o sistema para tratar efluentes de segmentos do agronegócio, como aquicultura e fábricas de laticínios.

Reportagem publicada na edição 66, lançada em março de 2019

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