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A empresa concordou em pagar mais de US$ 144 milhões para fechar o caso com a SEC e aproximadamente US$ 138 milhões para encerrar acusações junto ao Departamento de Justiça, que lançou uma investigação contra a varejista após uma série de reportagens do jornal “The New York Times” em 2012 descrevendo subornos que o Walmart teria pago no México para obter permissões para construir lojas no país, que violam a lei sobre corrupção externa.
De acordo com documentos jurídicos, entre 2009 e 2010 o Walmart Brasil conscientemente levou sua matriz a manter registros falsos, que então foram incluídos nos balanços financeiros consolidados da companhia.
Especificamente, o Walmart Brasil e seus empregados registraram US$ 527 mil pagos a um intermediário em troca de ajuda na obtenção de licenças para construção, mostraram os documentos.
A capacidade do intermediário de obter licenças e permissões rapidamente “resolvendo as coisas como mágica” deu a essa pessoa o apelido de “feiticeiro” e “gênio” dentro da unidade brasileira do Walmart.
Uma investigação separada da SEC também determinou que o Walmart violou a FCPA no Brasil.
“O Walmart valorizava o crescimento internacional e o corte de custos sobre o compliance”, disse Charles Cain, chefe da divisão da SEC responsável por garantir o cumprimento da FCPA, ao anunciar a investigação e a multa. “A empresa poderia ter evitado muitos desses problemas, mas em vez disso, o Walmart repetidamente fracassou em levar alertas a sério e atrasou a implementação de controles internos apropriados.”
O presidente-executivo da varejista disse ontem (20) que o Walmart tem aprimorado suas “políticas, procedimentos e sistemas e investido recursos tremendos globalmente em ética e compliance”.
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