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O aumento previsto para o novo ciclo, que poderá levar o Brasil a se tornar o maior produtor global, está baseado também em um crescimento de área plantada de apenas 0,8%, para 36,631 milhões de hectares – ainda assim, seria a maior área da história do país, segundo a consultoria.
Se confirmada a projeção da consultoria, o país superaria os Estados Unidos na produção da oleaginosa, conforme projeção divulgada anteriormente pelo Departamento de Agricultura norte-americano (USDA), que tem um número um pouco menor ao da Safras para o Brasil.
A safra 2019/20 do Brasil começa a ser plantada em meados de setembro, enquanto a dos EUA está em desenvolvimento, após uma temporada de plantio no Hemisfério Norte afetada pelas chuvas excessivas, que colaboraram para reduzir expectativas de colheita norte-americana para 104,6 milhões de toneladas, segundo o USDA.
O recorde anterior na produção de soja do Brasil foi marcado em 2017/18, acima de 120 milhões de toneladas, quando produtores no maior exportador global de soja foram favorecidos por um clima favorável.
Apesar da projeção positiva, baseada na recuperação das produtividades ante 2018/19, o ritmo de aumento de área no Brasil deverá diminuir nesta safra, por incertezas sobre questões fiscais e aumento de custos, além de recente queda nos preços da commodity, disse Roque.
Segundo ele, indefinições sobre os rumos do mercado internacional no contexto da guerra comercial EUA-China também “trazem um cenário de desconforto para o produtor brasileiro neste momento”.
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Deverá haver algumas transferências de áreas de feijão e milho verão nas regiões centrais do país, mas também em um ritmo inferior às safras anteriores. A maioria dos Estados brasileiros deverá ter aumento de área na soja, indicou a Safras.
MILHO
Já a área plantada com milho no verão na nova safra deverá recuar, com produtores deixando para apostar no cereal na segunda safra, observou o analista Paulo Molinari.
Inicialmente, Safras indica uma retração de 1,3% na área a ser plantada com a safrinha em 2019/20.
Dessa forma, a área total com o milho deverá ocupar 17,682 milhões de hectares, com recuo de 1,8% frente a 2018/19, o que resultaria em produção de 103,970 milhões de toneladas, versus históricos 107,492 milhões do ano anterior.
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