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Os ganhos foram parcialmente compensados por uma fraca demanda de exportação devido à tensão comercial entre Estados Unidos e China e ao clima severo nos Estados Unidos, que impactou o processamento e transporte de grãos e interrompeu o plantio de primavera.
A Bunge e suas rivais no agronegócio, incluindo Archer Daniels Midland, Cargill e Louis Dreyfus, têm cortado custos e reestruturado operações para navegar através de mares particularmente agitados no setor.
Anos de excesso de oferta nos mercados de grãos derrubaram preços e minaram oportunidades de comercialização para as empresas, conhecidas como o quarteto ABCD dos grãos, antes que tensões comerciais prejudicassem também a demanda e redesenhassem as cadeias de fornecimento global.
Os problemas climáticos nos Estados Unidos aumentaram a pressão, já que os comerciantes de grãos enfrentaram paralisações nas fábricas de processamento, atrasos nos transportes ferroviários e por barcaças e outras incertezas à medida que enchentes históricas assolaram o centro dos Estados Unidos.
O lucro líquido distribuível entre acionistas foi de US$ 205 milhões, ou US$ 1,43 por ação no segundo trimestre encerrado em 30 de junho, comparado a uma perda de US$ 21 milhões, ou US$ 0,15 por ação, um ano antes.
Os ganhos ajustados de US$ 0,61 por ação, excluindo um ganho líquido não realizado de US$ 0,90 por ação do investimento na Beyond Meat, superaram a estimativa de consenso de US$ 0,34 por ação, segundo dados da Refinitiv.
As vendas caíram para US$ 10,10 bilhões, de US$ 12,15 bilhões, abaixo da estimativa de consenso, de US$ 12,16 bilhões.
Os resultados em alimentos e ingredientes e com fertilizantes melhoraram, enquanto os de açúcar e bioenergia registraram uma perda menor do que há um ano.