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O dólar à vista cedeu 1,30%, a R$ 3,7585 na venda. É o menor patamar para um fechamento desde 28 de fevereiro (R$ 3,7531). Na mínima da sessão, a divisa foi cotada a R$ 3,7519 na venda. A desvalorização percentual é a mais intensa desde 31 de maio (-1,37%).
O real teve o segundo melhor desempenho dentre 34 pares do dólar, perdendo apenas para o rand sul-africano. Em julho, a divisa brasileira lidera os ganhos, com alta de 2,6%, e já ostenta a quinta melhor performance no acumulado do ano.
O dia foi de dólar fraco no mundo, depois que o chair do Federal Reserve, Jerome Powell, fez comentários que levaram o mercado a aumentar apostas em corte de juros nos EUA no fim deste mês.
Juros mais baixos por lá melhoram a relação risco/retorno para mercados emergentes, o que pode trazer fluxo de capital ao Brasil, com aumento de oferta de dólar e consequente perda de valor da moeda.
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O plenário da Câmara dos Deputados iniciou nesta quarta-feira o processo de votação do texto-base da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma da Previdência.
Num sinal de apoio à reforma, os deputados rejeitaram, no início da sessão, um requerimento de retirada de pauta da reforma por 334 votos a 29. Por ser uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), a reforma precisa dos votos de pelo menos 308 dos 513 deputados para ser aprovada na Câmara.
Apesar de ter reduzido posições compradas em dólar na B3, o investidor estrangeiro ainda sustenta US$ 32 bilhões nessa direção, próximo de valores históricos, o que demonstra certa desconfiança com as perspectivas locais.
Por isso, alguns analistas ainda preferem operar real contra outras moedas que não o dólar. O Goldman Sachs, por exemplo, enxerga valor no “trade” real contra dólar australiano. Desde 20 de maio, o real se valoriza 8,3% ante o dólar da Austrália.
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