O dólar à vista fechou em alta de 1,15%, a R$ 4,0776 na venda. É o maior patamar desde 20 de maio (R$ 4,10485). Na máxima intradia, a cotação bateu R$ 4,0821. Na B3, o dólar de maior liquidez subia 1,20%, para R$ 4,0770.
O real teve o pior desempenho entre as principais divisas emergentes nesta sessão, acompanhado na sequência por pares como peso mexicano, lira turca e rupia indiana.
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Para um profissional da mesa de câmbio de um grande banco “dealer”, por ora, o efeito dos leilões tem sido “neutro”, já que as saídas de recursos continuam “fortes”. Mas ele também disse esperar uma “gradual melhora” dos fluxos no mercado spot conforme as operações do BC se estendam.
De toda forma, o cenário externo continuou com peso predominante na formação do preço do câmbio local. O dólar subiu forte contra várias divisas emergentes, com o mercado buscando a segurança da divisa norte-americana diante da possibilidade de o chairman do Federal Reserve, Jerome Powell, esfriar mais, amanhã (23), expectativas de novos cortes de juros pelo Fed.
Para o Goldman Sachs, o atual cenário de juros e crescimento em queda tradicionalmente prejudica moedas de juros comparativamente mais elevados -ainda o caso do Brasil-, devido à sensibilidade desses mercados à percepção de risco.
“Nesse contexto, rand sul-africano, rublo russo, real e rupia indonésia enfrentariam um risco maior de onda de vendas”, afirmaram estrategistas do banco em nota.
Em queda na casa de 6% em agosto, o real amarga o segundo pior desempenho dentre 33 pares do dólar no mês, melhor apenas que o peso argentino, que desaba 20,6%.
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