Dólar amplia queda contra o real

4 de outubro de 2019
Reuters

Às 10h50, a moeda norte-americana recuava 0,53%, a R$ 4,0677 na venda

O dólar amplia suas perdas contra o real na manhã de hoje (4), tendo de pano de fundo dados do mercado de trabalho dos Estados Unidos abaixo do esperado, reforçando as apostas de mais um corte de juros pelo Federal Reserve este ano.

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Às 10h50, a moeda norte-americana recuava 0,53%, a R$ 4,0677 na venda.

Na mínima intradia, o dólar chegou a tocar R$ 4,0591, menor nível de meio de pregão desde 13 de setembro.

Na B3, o dólar futuro tinha queda de 0,45%, a R$ 4,075.

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A criação de vagas de trabalho nos Estados Unidos foi moderada em setembro, com a taxa de desemprego caindo para perto da mínima de 50 anos de 3,5%, o que poderia atenuar as preocupações do mercado financeiro de que a economia possa estar à beira de uma recessão em meio a persistentes tensões comerciais.

“Em um primeiro momento, a leitura é baixista para o dólar. Há a continuidade de apostas em novos cortes de juros do Fed, que melhora a relação risco/ retorno para se investir em mercados emergentes”, afirmou Ricardo Gomes da Silva, superintendente da Correparti Corretora.

Outras moedas pares do real, como rand sul-africano e peso mexicano, também se valorizavam contra o dólar, em dia em geral positivo para moedas emergentes.

As atenções se voltam agora para a fala do chairman do Fed, Jerome Powell, às 15h (horário de Brasília), para mais sinais sobre o posicionamento do banco central norte-americano diante dos novos dados dos EUA.

Segundo operadores, um notável aumento esperado de fluxo de recursos para o país, decorrentes dos leilões de petróleo, também ajudavam a pressionar o dólar contra o real.

Entre outubro e o início de novembro, o Brasil realizará três leilões de áreas de petróleo e gás, sendo dois no pré-sal, com expectativa de arrecadação superior a R$ 110 bilhões, caso todas as áreas sejam arrematadas.

“O mercado mensura que vai entrar bastante dólar no país e isso reduz a necessidade de comprar do BC a preços mais pressionados”, acrescentou Silva.

Nesta sessão, o Banco Central não vendeu nenhum contrato de swap reverso de oferta de até 10,5 mil contratos, assim como não vendeu dólares em leilão à vista, de oferta de até US$ 525 milhões. Adicionalmente, a autarquia também realizará leilão de contratos de swap tradicional, para rolagem do vencimento dezembro de 2019.

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