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A cotação acumulou na semana a maior desvalorização em mais de oito meses. E durante o pregão desta sexta a divisa caiu abaixo de um suporte técnico (média móvel de 50 dias), o que não acontecia desde 1º de agosto e num indicativo de mais quedas do dólar à frente.
A série recente de dados abaixo do esperado acabou reforçando apostas do mercado de que o banco central dos EUA (o Federal Reserve) precisará cortar novamente os juros, movimento que melhoraria as condições para emergentes atraírem capital – o que aumentaria a liquidez e ajudaria a baixar o preço do dólar.
Os dados de emprego nos EUA divulgados nesta sexta trouxeram algum alívio sobre os riscos à economia, mas não chegaram a enfraquecer o debate sobre novos cortes de juros nos EUA.
De forma geral, os ventos parecem agora mais favoráveis à taxa de câmbio. Além do cenário mais inclinado a corte de juros nos EUA, a economia brasileira começa a dar sinais de recuperação, com maior dinamismo comparada a outros emergentes.
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Tal combo levou estrategistas do Morgan Stanley a iniciar recomendação de compra de real contra peso chileno.
O banco privado reconhece o risco de um Banco Central ainda agressivo no processo de afrouxamento monetário, mas mesmo assim vê algum valor em posições favoráveis à moeda brasileira versus pares emergentes, como os pesos mexicano e chileno, “especialmente se os dados continuarem a mostrar sinais de recuperação econômica”.
No fechamento desta sexta, o dólar à vista caiu 0,79%, a R$ 4,0569 na venda. É o patamar mais baixo para um encerramento desde 21 de agosto (R$ 4,0314 na venda). Na mínima do dia, a cotação marcou R$ 4,0529 na venda (-0,89%), menor patamar intradia desde 13 de setembro.
No acumulado da semana, o dólar spot recuou 2,39%, maior queda semanal desde a semana encerrada em 1º de fevereiro de 2019 (-2,91%). O dólar futuro negociado na B3 – onde as operações com derivativos se encerram às 18h – recuava 0,81% no dia, a R$ 4,0600.
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