Após recorde, dólar tem leve alta ante real

27 de novembro de 2019
Gary Cameron/Reuters

Às 10:14, o dólar avançava 0,21%, a R$ 4,2486 na venda

O dólar deixou para trás a queda inicial e tinha leve alta contra o real hoje (27), depois de atingir recordes históricos na sessão anterior, com os investidores atentos à atuação do Banco Central diante da disparada recente da moeda norte-americana.

Às 10:14, o dólar avançava 0,21%, a R$ 4,2486 na venda. Na B3, o dólar futuro de maior liquidez registrava alta de 0,12%, a R$ 4,240. O dólar fechou o pregão anterior com alta de 0,59%, a R$ 4,2398 na venda, um recorde histórico, e chegou a tocar os R$ 4,2785 na máxima intradia.

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Diante desse salto histórico, o Banco Central promoveu na terça-feira (26) dois leilões extraordinários, e seu presidente, Roberto Campos Neto, afirmou que a autarquia poderia repetir as intervenções cambiais neste pregão em caso de novos gaps de liquidez.

Em evento promovido pelo jornal “Correio Braziliense”, Campos Neto reforçou que o câmbio é flutuante e o BC age apenas em caso de problemas de liquidez ou para atenuar movimentos que estão fora do padrão normal.

Para Ricardo Gomes da Silva Filho, analista de câmbio da Correparti Corretora, há expectativa de atuação extraordinária do Banco Central neste pregão. “Provavelmente, o mercado testará os níveis recordes que foram batidos ontem, perto dos R$ 4,26. Acredita-se que o Banco Central atuará novamente, e, a partir do momento em que atuar, a tendência do dólar é arrefecer”, disse.

O Banco Central vendeu nesta quarta-feira 3 mil contratos de swap cambial reverso e até US$ 150 milhões em moeda à vista, de oferta de até 15.700 e US$ 785 milhões, respectivamente. Adicionalmente, a autarquia ofertará contratos de swap tradicional para rolagem do vencimento janeiro de 2020.

No cenário externo, estava no radar dos investidores a divulgação dos dados sobre o Produto Interno Bruto dos Estados Unidos, prevista para as 10h30. Para Gomes da Silva Filho, “a expectativa é de fortalecimento da economia dos EUA, como tem acontecido nos últimos anos. Tem a questão da guerra comercial; queremos saber até que ponto esses entraves vão refletir nos indicadores. Por isso acreditamos em dia de bastante volatilidade.”

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As moedas emergentes pares do real, como o peso mexicano e o rand sul-africano, operavam em alta contra o dólar.

O índice do dólar contra uma cesta de moedas tinha leve alta de 0,07%, a 98,316.

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