No Brasil, a força do dólar seguiu amparada também pela ausência de expectativa por considerável ingresso de capital no curto prazo, depois da frustração com a participação estrangeira no leilão do excedente da cessão onerosa, no começo de novembro.
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Na B3, em que os negócios com mercado futuro vão até às 18h15, o contrato de dólar de maior liquidez tinha alta de 0,26%, a R$ 4,2110, por volta de 17h30.
Na máxima no mercado futuro, a moeda foi a R$ 4,2130. No segmento spot, o pico do dia foi de R$ 4,2102 na venda.
O recorde do dólar é válido quando se consideram taxas nominais (não descontada a inflação) de fechamento no mercado à vista.
A alta do dólar nesta sessão deu sequência a um movimento visto ao longo do mês. No acumulado de novembro, a moeda sobe 4,91%, mais do que anulando a queda de outubro (-3,52%) e a caminho da maior valorização mensal desde agosto (+8,51%).
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A combinação entre decepção com o leilão do pré-sal de 6 de novembro, convulsão social na América Latina, ruídos políticos locais e exterior ainda afetado por incertezas comerciais tem impulsionado a divisa, que ganha ainda frente a várias outras emergentes.
Em relatório, o Credit Suisse chama atenção para os efeitos das expectativas quanto a possíveis intervenções do Banco Central no câmbio. Segundo o banco suíço, qualquer expectativa de atuação do BC neste momento pode ser frustrada, o que poderia dar mais fôlego ao dólar.
Além disso, estrategistas do Credit falam em “proliferação” de estruturas de opções com barreiras acima de R$ 4,20, que, rompidas, poderiam causar uma aceleração na alta do dólar.
“A natureza assimétrica de riscos direcionais sobre expectativas de intervenção, combinada com a extensão da decepção com o leilão de petróleo, nos deixa receosos sobre tentar minimizar a força do dólar a partir dos atuais níveis”, afirmaram os profissionais.
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