Ibovespa volta a cair com receio por negociações EUA-China

13 de novembro de 2019
Amanda Perobelli/Reuters

O Ibovespa caiu 0,65%, a 106.059,95 pontos

O principal índice da bolsa brasileira registrou nova queda hoje (13), diante de novas notícias sobre as negociações comerciais entre EUA e China que colocaram investidores em modo de alerta.

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O Ibovespa caiu 0,65%, a 106.059,95 pontos. O giro financeiro da sessão, turbinado pelo vencimento dos contratos de opções de índice, somou R$ 35,1 bilhões.

A tensão envolvendo o futuro das negociações comerciais entre Estados Unidos e China se manteve em pauta, alarmando investidores ao redor do mundo.

Na véspera, o presidente dos EUA, Donald Trump fez declarações mistas, ditando cautela no mercado. Mas o pessimismo se intensificou após o “Wall Street Journal” publicar que as negociações “esbarraram em um obstáculo” sobre as compras de produtos agrícolas, com a China não querendo um acordo que pareça unilateral a favor dos EUA.

Apesar de forte queda momentânea, Wall Street sentiu menos os efeitos negativos, com declarações do chairman do Federal Reserve, Jerome Powell, agradando investidores ao afirmar que vê uma expansão sustentável da atividade econômica. O S&P 500 avançou 0,07%.

Mais influenciado pelo noticiário envolvendo economias emergentes, a bolsa paulista teve um tom mais pessimista, em meio a incertezas envolvendo Chile, Bolívia e Argentina. A queda aqui não foi maior devido a expectativas mais animadoras envolvendo a economia brasileira.

“A baixa presença externa estrutural nos mercados de ativos brasileiros e perspectivas construtivas de reformas tornam os ativos brasileiros atrativos, especialmente para investidores com um horizonte temporal mais longo”, apontaram analistas do Credit Suisse, em nota.

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O presidente Jair Bolsonaro afirmou depois de reunião bilateral com o presidente chinês, Xi Jinping, que o governo e os empresários brasileiros querem ampliar e diversificar o comércio com a China.

Segundo o secretário de Comércio Exterior do Ministério da Economia, Marcos Troyjo, o governo brasileiro tem conversas para ampliar o número, o escopo e o valor agregado dos produtos que o Brasil hoje exporta para a China.

Na quinta-feira (14), véspera de feriado, os investidores vão conferir uma bateria de dados internacionais, incluindo da China, e domésticos e o IBC-BR, prévia do PIB de setembro, e o IGP-10 de novembro. Haverá ainda o encerramento da temporada de balanços do terceiro trimestre, com resultados de empresas como JBS e Sabesp.

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