“O Brasil está trocando as telhas da sua casa macroeconômica, então é muito melhor você fazer isso num momento de sol brilhando lá fora, de estabilidade econômica, do que num momento de trovoadas e chuva pesada”, disse ele à Reuters, hoje (13).
Troyjo frisou que o cenário global segue marcado por ampla liquidez, com estoque de poupança represada. A lógica é que, com as tensões comerciais amainadas, o apetite ao risco aumente, guiando investimentos para destinos como o Brasil.
VEJA MAIS: Trump e autoridades chinesas anunciam acordo para retirar tarifas
Mais cedo nesta sexta-feira, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e as autoridades chinesas disseram que concordaram com a fase um do acordo comercial, que inclui o corte de tarifas dos EUA sobre produtos chineses.
Segundo o representante comercial norte-americano, Robert Lighthizer, a China concordou em comprar US$ 32 bilhões em produtos agrícolas adicionais dos Estados Unidos ao longo de dois anos como parte do pacto comercial sendo negociado há meses por ambos os países.
Neste ano, contudo, as exportações brasileiras de soja à China caíram, movimento que teve como pano de fundo a peste suína africana que varreu os rebanhos de porcos na China, diminuindo a demanda pelos grãos, que são chave na alimentação animal.
Para Troyjo, as relações comerciais entre China e Brasil seguirão sua toada. Ele lembrou também que o país conviveu nos últimos vinte anos com os EUA sendo também fornecedor de soja para a China, o que não impediu o desenvolvimento do agronegócio brasileiro.
“(A relação) tem uma dinâmica própria, o mercado chinês é gigantesco, nós estamos com boas relações com Pequim. O que a gente tem que fazer, que é mais uma lição de casa brasileira do que qualquer outra coisa, é agregar valor ao produto exportado e diversificar, aumentar o número total que a gente exporta pra China”, disse.
Facebook
Twitter
Instagram
YouTube
LinkedIn
Baixe o app da Forbes Brasil na Play Store e na App Store.
Tenha também a Forbes no Google Notícias.