A transação foi realizada na segunda-feira (16) por meio da Piemonte, gestora carioca de recursos, com debênture emitida por ela própria e subscrita em ambiente fechado.
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A iniciativa acompanha movimentos similares recentes feitos no exterior. O Banco Mundial emitiu por meio do blockchain 110 milhões de dólares australianos, distribuída entre investidores na própria Austrália.
O espanhol Santander emitiu em setembro US$ 20 milhões por meio do blockchain, seguindo o que já fizera meses antes o francês Société Générale, numa emissão equivalente a € 100 milhões.
Emissores de dívida e investidores têm estado de olho no blockchain, uma plataforma de registros compartilhados, como meio de eliminar intermediários, cortar custos e burocracia para emissão e negociação de títulos no mercado de capitais.
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Diferentes das moedas virtuais, que têm provocado forte reação de reguladores bancários e de mercado ao redor do mundo, o blockchain vem sendo gradualmente implementado por instituições financeiras e por uma série de grandes companhias devido ao potencial de dar maior transparência e de reduzir custos.
No caso da Piemonte, o projeto foi feito em associação com a fintech norte-americana Horizon Globex, a primeira a realizar emissão privada de ações por meio do blockchain.
“Foi o início de um caminho. Mas no futuro, com uma regulação por parte do Banco Central e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), esse pode ser excelente instrumento para as empresas se financiarem por meio do mercado de capitais”, disse.
Esta é a segunda emissão de debêntures da Piemonte. A primeira, em 2017, foi feita de forma tradicional.
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