Fabiano Virginio, do Istituto Europeo di Design, diz que estética importa para os negócios

6 de dezembro de 2019
ReproduçãoForbes

Fabiano Virginio é diretor do Centro de Inovação do Istituto Europeo Di Design

Resumo:

  • Fabiano Virginio é diretor do Centro de Inovação do Istituto Europeo Di Design e falou no terceiro dia do FORBES Start, no São Paulo Tech Week;
  • O executivo lidera um centro de inovação atuado em diferentes setores e regiões do Brasil, o que o propicia ter visões muito amplas das inovações corporativas;
  • Fabiano explica a influência da estética na vida dos seres humanos e por consequente na área profissional.

Saber tomar decisões é algo essencial para o sucesso e o futuro de uma empresa, mas não é uma tarefa tão fácil assim. A ação requer responsabilidade e ainda demanda possíveis mudanças drásticas na estrutura social, e consequentemente, no mundo de trabalho. 

Antigamente, para se tomar decisões, estar munido de dados qualitativos e qualificados quase sempre bastava para decidir com maestria. Mas hoje, com tantos dados, informações e conteúdos espalhados, a organização pode ser um tanto caótica.

Fabiano Virginio, diretor do Centro de Inovação do Istituto Europeo Di Design, falou um pouco sobre o assunto no terceiro dia do palco FORBES Start, no São Paulo Tech Week. Virginio tocou em um ponto surpreendente na ajuda para tomada de decisões: a estética. 

Embora possa parecer um conceito distante, ele explica que a quantidade de informações dispostas hoje em dia pede a presença de um julgador. E os estudos para facilitar a situação buscam maneiras de ajudar essa pessoa em sua tarefa.

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Assim, é possível perceber um ciclo muito curioso da mentalidade humana: “Todas as nossas decisões começam no estético”, revelou o executivo. Segundo ele, a primeira reação de todo ser humano é visual, e é só a partir dela se chega a razão, o campo cognitivo. Ele explicou que apenas após racionalizar o homem encontra a fronteira ética, a visão da decisão no coletivo. 

Então sim, estética é um quesito essencial também no campo dos negócios. “Tradicionalmente, a gente percorre esse funil de decisão”, explica Fabiano, destacando o quanto a aparência toma conta do cotidiano humano. É fácil gostar de algo pela capa ou embalagem e até mesmo julgar pessoas pelo que elas transparecem esteticamente.” Virginio explica que isso acontece pois “o campo estético dá conta dos sentidos, é essencialmente intuitivo”. 

Algo inato da espécie humana, é ouro para empresas que entendem o poder que têm em mãos. Fabiano dá como exemplo os bancos digitais, famosos e crescentes no gosto popular e mercadológico. “Na verdade, o sucesso do banco digital não é isenção da taxa. O que conecta ele com a geração do futuro? Não temos uma resposta exata, mas muito é estética”. E por que isso? O diretor afirma que a estética desses novos bancos é clean. Eles se comunicam com simplicidade e passam a mensagem: “Estamos facilitando a sua vida”, destaca o especialista.

A atuação dessas companhias já mostra resultado e talvez seja por conta desse e de tantos outros projetos que a “decision making”, ou tomada de decisão, se torna um tema tão relevante e recorrente de pesquisas em locais de grande renome como a Harvard.

Para Virginio, todas essas mudanças pedem uma formação diferenciada para o funcionário do futuro, com foco mais ligado às “softskills” e “hardskills” (habilidades tanto tecnicistas (hard), quanto culturais e particulares (soft). “Não só a formação estruturante é importante, mas também o olhar lateral no processo de julgamento”, destaca. É a partir desse olhar lateral que os sentidos se afloram e a estética ganha campo de atuação, dessa forma, o mundo corporativo se coloca em um ciclo de decisão muito mais complexa, assim como a mente humana.

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