O dado veio um pouco abaixo da previsão mais recente do BC, de aumento de 6,9% no saldo geral de financiamentos, mas terminou acima da inflação medida pelo IPCA de 4,31% em 2019.
VEJA TAMBÉM: Banco Bari mira R$1 bi em crédito com garantia de imóvel em 2020
O desempenho do ano foi puxado pelo crédito livre, que é concedido pelos bancos sem nenhum tipo de regulação nos juros pelo governo. A expansão nessa modalidade foi de 14,1%, ao passo que o crédito direcionado caiu 2,4% em 2019.
Desde que assumiu, o ministro da Economia, Paulo Guedes, tem falado em desestatizar o mercado de crédito, aumentando a participação do crédito livre sobre o direcionado. A forte diminuição de créditos concedidos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES), de 13,9% no ano, é um dos vetores dessa orientação.
Ao melhorar suas contas para o Produto Interno Bruto (PIB) a uma alta de 2,4% em 2020, a equipe econômica também avaliou que a expansão do crédito livre será “combustível” para o crescimento da atividade econômica.
E AINDA: Caixa Econômica lançará em março linha de crédito imobiliário com juro fixo
Para 2020, o BC previu em dezembro uma alta de 8,1% no estoque de crédito, novamente impulsionada pelo apetite das famílias.
Olhando apenas para o segmento de recursos livres, a inadimplência caiu 0,1 ponto em 2019, a 3,7%, menor nível da série histórica iniciada pelo BC em março de 2011.
Há ampla expectativa de que a Selic seja novamente reduzida pelo BC na próxima semana, em meio a avaliações recentes do presidente da autoridade monetária, Roberto Campos Neto, sobre o comportamento favorável da inflação.
O spread, que mede a diferença entre a taxa de captação dos bancos e a cobrada a seus clientes, subiu 0,7 ponto no acumulado de 2019 no segmento de recursos livres, a 28,5 pontos percentuais em dezembro.
LEIA AQUI: Donald Trump ataca o banco central dos Estados Unidos
O custo do cheque especial caiu em 2019, embora tenha seguido bastante elevado. De acordo com os dados do BC, o recuo foi de 10,1 pontos, ao patamar de 302,5% ao ano. No fim do ano passado, o BC divulgou um teto para os juros cobrados pelo cheque especial, mas as regras só entraram em vigor em janeiro deste ano.
Siga FORBES Brasil nas redes sociais:
Twitter
Instagram
YouTube
LinkedIn
Tenha também a Forbes no Google Notícias.