LEIA MAIS: Foragido, Ghosn diz ter sido tratado “brutalmente” pelo Japão
Ghosn, que no mês passado foi para o Líbano após fugir do Japão, onde estava detido sob fiança e aguardava um julgamento, é alvo de uma investigação separada na França para se determinar se a festa no palácio do século 17 foi um benefício financeiro que ele obteve indevidamente.
Ghosn disse que mais tarde ficou surpreso ao saber que o uso do edifício do Grand Trianon, localizado no terreno do Palácio de Versalhes, em outubro de 2016 foi cobrado da Renault.
“Catherine Pegard, que é a chefe de Versalhes, me disse ‘senhor Ghosn, o senhor é um grande benfeitor, o senhor sabe que de tempos em tempos podemos disponibilizar quartos para nossos grandes amigos. Se o senhor tiver uma festa particular, podemos disponibilizar quartos’. Eu digo, muito obrigado”.
Ligações para o escritório de Pegard no Estabelecimento Público do Palácio, que administra Versalhes, não tiveram resposta. Meses após seu contato com Pegard, Ghosn disse que decidiu realizar a festa de aniversário de 50 anos de sua esposa, Carole, no palácio.
Ele descreveu sua surpresa ao descobrir mais tarde que a taxa foi de € 50 mil e que esta foi deduzida do que ele chamou de “o crédito que a Renault colhe por ser uma patrocinadora de Versalhes”. “Dissemos ‘ok, estamos dispostos a pagar'”, contou Ghosn. “Pensamos de boa fé que isto era um tipo de gesto comercial.”
LEIA TAMBÉM: Nissan diz que continuará com ações legais contra Ghosn
O inquérito francês foi iniciado depois que a Renault disse em fevereiro de 2019, três meses após a prisão de Ghosn no Japão, que encontrou indícios de que arcou com parte dos gastos da comemoração em uma investigação interna.
Facebook
Twitter
Instagram
YouTube
LinkedIn
Baixe o app da Forbes Brasil na Play Store e na App Store.