Perfin movimenta R$ 1 bi em oferta de fundo com ativos de transmissão de energia

20 de janeiro de 2020
Balanço

O chamado FIP-IE Perfin Apollo Energia tem um portfólio de seis projetos de transmissão de eletricidade

A gestora Perfin iniciou hoje (20) as negociações na B3 de cotas de um fundo de investimento em infraestrutura focado em energia, em operação que movimentou cerca de R$ 1 bilhão, com demanda três vezes superior à oferta, disse à Reuters uma executiva da empresa.

O chamado FIP-IE Perfin Apollo Energia tem um portfólio de seis projetos de transmissão de eletricidade, todos em parceria com a Alupar. São ativos que tiveram as concessões adquiridas pela elétrica em conjunto com fundos da Perfin desde o final de 2016.

“São algumas linhas já ‘perfomadas’ e outras em processo de entrada em operação. É é um fundo com uma previsibilidade de retorno boa. Basicamente vai ser um coletor de dividendos”, afirmou a diretora de operações (COO) da Perfin, Carolina Rocha.

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O setor de transmissão de energia do Brasil é visto como fruto de retornos estáveis para investidores devido aos contratos de 30 anos para construção e operação dos empreendimentos, que têm receitas atreladas a índices de inflação. O risco no segmento fica por conta principalmente das atividades de construção.

O fundo da Perfin tem retorno estimado para os investidores de IPCA + 5,75% ao ano, segundo a diretora. Ela ressaltou, no entanto, que o fundo ainda poderá buscar novas oportunidades no futuro, ainda no setor elétrico. “Entendemos que o fundo nasce saudável em termos de expectativa de retorno e diversificação de ativos, mas se a gente identificar ao longo do tempo oportunidades interessantes, pode fazer sentido, sim”, afirmou ela. “Por regulamento, tem uma restrição, de no mínimo 70% [dos recursos] em transmissão e máximo de 30% em [ativos de] geração”, acrescentou.

Os empreendimentos que constam atualmente do portfólio do fundo incluem linhas de transmissão localizadas na Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Rio de Janeiro e Mato Grosso.

Os ativos foram arrematados em leilões feitos pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em 2016 e 2017 e em uma licitação da estatal Eletrobras para desinvestimentos, em 2018.

Investidores institucionais ficaram com 10% da oferta, enquanto investidores de varejo responderam por 90% da captação, que totalizou cerca de 4.000 investidores qualificados.

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