Especialistas alertam que alta do bitcoin pode ser passageira

14 de fevereiro de 2020
Getty Images

O valor do bitcoin já passou por movimentações parecidas em 2017

O bitcoin fechou a terça-feira (11) com a maior alta desde setembro, a US$ 10.300. Hoje (14), no meio do dia, alcançou a marca dos US$ 10.334. A pergunta é: por que essa alta repentina da criptomoeda?

Alguns especialistas culpam o coronavírus, já que o cripto é um bem ativo que independe de bancos ou mercados a não ser o seu próprio. Em meio à crise que a China se encontra, muitos investidores encontraram no bitcoin e em outras criptomoedas um investimento seguro e menos incerto do que muitas indústrias que dependem do país atacado pelo vírus. Essa visão é controversa, principalmente porque as criptomoedas ser notavelmente voláteis e imprevisíveis. Essa explicação implicaria em uma queda da criptomoeda assim que a crise do coronavírus começar a ser solucionada, o que também é incerto.

LEIA MAIS: Bitcoin vai contra mercado e tem alta diante coronavírus

Outra aposta para a alta repentina da criptomoeda é o halving que acontecerá em maio de 2020. Halving basicamente significa que a quantidade de bitcoins sendo produzidos por segundo cairá pela metade, valorizando a moeda pela queda de oferta e estabilidade da demanda.

“O halving é um fator raro, porém, observável –nos eventos anteriores, foi possível ver picos claros no bitcoin”, disse Windsor Holden à Reuters ontem (13). Holden é um consultor de pagamentos especializado em cripto e blockchain.

Em 2012, quando o primeiro halving aconteceu, o valor do bitcoin que era de pouco mais de US$ 10 ultrapassou a marca dos US$ 100 em cerca de um ano após o evento. O segundo halving aconteceu em 2016, quando o bitcoin foi dos US$ 500 a quase US$ 5.000 em um ano também.

VEJA TAMBÉM: Bitcoin completa baixa de seis meses

No entanto, existem ainda aqueles que achem que essa se trata apenas de mais uma bolha do bitcoin. No passado, o bitcoin teve altas repentinas como essa, quebrando recordes para seu período e passando por um grande aumento de demanda. Tudo para enfrentar uma queda drástica logo depois. Em sua coluna para o site de notícias “Market Watch”, o analista da bolsa Jeff Reeves relembrou a bolha de 2017, quando o valor do bitcoin foi de US$ 12.000 a US$ 8.000 no mesmo ano. Também é válido apontar que em dezembro, o preço do bitcoin caiu para a marca dos US$ 6.500.

Siga FORBES Brasil nas redes sociais:

Facebook
Twitter
Instagram
YouTube
LinkedIn

Tenha também a Forbes no Google Notícias