A companhia fez o anúncio ontem (9), mas não informou a capacidade nominal da fábrica, a terceira maior da Heineken no Brasil. A empresa também não deu detalhes sobre o volume pretendido com a expansão, comentando apenas que após os investimentos a capacidade será ampliada em 75%. A ampliação da fábrica será feita gradualmente, com os primeiros resultados esperados já para este ano.
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“Um investimento como este não se toma pensando no curto prazo….As duas marcas (Heineken e Amstel) estão crescendo muito aceleradamente no país…A categoria de cervejas no Brasil é extremamente grande. Tem um mercado enorme e consumidores novos entrando na categoria”, disse o executivo. “Basicamente estamos fazendo uma nova cervejaria”, acrescentou.
Em fevereiro, a Heineken, segunda maior cervejaria do mundo, afirmou em Bruxelas que os volumes de venda de cerveja do grupo subiram 4,1% no quarto trimestre, puxados por avanços mais fortes no Brasil, Camboja e Vietnã. A Heineken também afirmou na ocasião que o Brasil atualmente é o maior mercado da marca no mundo, na frente de Estados Unidos e da Europa.
O crescimento da Heineken no Brasil tem reduzido a distância para a líder de mercado Ambev, algo acelerado após ter acertado em 2017 a aquisição das operações da japonesa Kirin no país por US$ 1,2 bilhão. Na época, o negócio dobrou a participação da empresa no mercado brasileiro, para quase 20%. A Heineken afirma atualmente ter 22% do mercado nacional.
Giamellaro evitou mencionar números da operação da Heineken no Brasil, mas afirmou que “o investimento em São Paulo mais do que já se pagou…A prova disso é que conseguimos aprovar (o investimento em) Ponta Grossa”.
Segundo ele, um dos grandes objetivos na ampliação da cervejaria no Paraná é o lançamento de novos produtos, incluindo a versão sem álcool da Heineken, que começará a ser vendida no país no segundo trimestre. “Muito do investimento será destinado à Heineken 0,0”, disse o executivo.
No fim do mês passado, o novo presidente da Ambev, Jean Jereissati Neto, afirmou a analistas que a companhia vai manter política de preços em linha com a inflação no Brasil, mas que precisa ser mais atenta às dinâmicas de mercado, uma resposta a questionamentos sobre as perspectivas da companhia em um momento em que rivais têm avançado sobre o mercado “mainstream”, que no caso da Heineken é disputado pela Amstel.
Giamellaro afirmou que o impacto da “agressividade comercial” dos concorrentes no Brasil tem sido menor sobre a Heineken, uma vez que a empresa está “construindo uma estratégia de marcas premium e qualidade…O impacto que sofremos de concorrência é muito menor”, disse o executivo sem dar detalhes.
No país, além da Heineken, posicionada no segmento premium, e da Amstel, no segmento “mainstream”, a cervejaria holandesa tem rótulos econômicos como Glacial e Kaiser, também produzidas em Ponta Grossa.
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