O grupo, conhecido como Opep+, acordou a redução da produção em 9,7 milhões de barris por dia (bpd) em maio e junho, depois de quatro dias de negociações e após a pressão do presidente dos EUA, Donald Trump, para impedir a queda de preços.
VEJA TAMBÉM: Novak, da Rússia, prevê acordo da Opep+ totalmente fechado nos próximos dias
No maior corte na produção de petróleo de todos os tempos, os países continuarão diminuindo gradualmente os freios à produção por dois anos até abril de 2022.
Medidas para conter a disseminação do coronavírus destruíram a demanda por combustível e reduziram os preços do petróleo, pressionando os orçamentos dos produtores de petróleo e prejudicando a indústria de xisto dos Estados Unidos, que é mais vulnerável a preços baixos devido aos seus custos mais altos.
A Opep+ também disse que queria que produtores de fora do grupo, como Estados Unidos, Canadá, Brasil e Noruega, cortassem mais 5% da produção ou 5 milhões de bpd.
E AINDA: Reunião da Opep+ é adiada, enquanto Arábia Saudita e Rússia discutem sobre petróleo
Canadá e Noruega sinalizaram disposição para cortar e os Estados Unidos, onde a legislação também dificulta a atuação em conjunto com cartéis como a Opep, disseram que sua produção cairia acentuadamente este ano devido aos baixos preços.
A assinatura do acordo da Opep+ foi adiada desde quinta-feira pela resistência do México aos cortes de produção que foi solicitado a fazer.
Trump, que havia ameaçado a Arábia Saudita com tarifas sobre o petróleo se o país não resolvesse o problema de excesso de oferta do mercado, disse que Washington ajudaria o México pegando “parte da folga” e sendo reembolsado mais tarde.
Neste domingo, o México afirmou que reduzirá sua produção de petróleo em 100.000 barris por dia a partir de maio.
LEIA MAIS: Opep quer prorrogar cortes de produção até junho devido ao coronavírus, dizem fontes
O Ministério da Energia do Azerbaijão disse que os Estados Unidos compensarão o México cortando a produção em outros 300.000 bpd. O patamar representa 50.000 bpd a mais do que Lopez Obrador e Trump haviam concordado anteriormente.
Uma autoridade mexicana confirmou o anúncio do ministério azeri de que os Estados Unidos assumiriam a responsabilidade por 300.000 bpd em cortes para o México. (Com Reuters)
Facebook
Twitter
Instagram
YouTube
LinkedIn
Baixe o app da Forbes Brasil na Play Store e na App Store.
Tenha também a Forbes no Google Notícias.