Uma das pessoas disse que a empresa já conseguiu acordo com alguns proprietários e está esperando fechar um acordo em grupo com outros lojistas para não pagar aluguéis de suas lojas em shopping centers.
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O acionista Michael Klein, que é dono de dezenas de lojas alugadas pela Via Varejo, também recebeu o mesmo pedido e está sendo tratado como todos os outros proprietários, afirmaram as fontes.
Embora a queda de 50% seja relevante, a Via Varejo conseguiu melhorar sua receita desde o início da quarentena há algumas semanas, quando a queda chegou a 70%.
Na segunda semana de quarentena, a Via Varejo lançou um software novo para seus vendedores, que já estava em desenvolvimento antes da pandemia, que facilita a vendedores das lojas físicas fazer vendas online, contatando os consumidores por mídias sociais e ajudando as pessoas durante o processo de compra.
Se a Via Varejo conseguir a adesão de proprietários, a posição de caixa de R$ 4 bilhões em dezembro deve durar mais meses do que o inicialmente previsto.
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O grupo também espera detalhes do programa de socorro a varejistas, afirmou uma das fontes.
Além de tentar não pagar o aluguel das lojas fechadas, a Via Varejo também postergou o pagamento de fornecedores indiretos, segundo um comunicado visto pela Reuters. Na nota, a empresa atribuiu a decisão a disrupções no trabalho dos funcionários durante a pandemia.
“Estamos prorrogando toda nossa programação de obrigações por até um mês e prazo mínimo de 75 dias após a emissão da nota”, diz o comunicado. Os vencimentos entre 3 e 30 de abril foram transferidos para 5 de maio. Uma fonte próxima à empresa diz que a Via Varejo decidiu unificar várias datas mensais de pagamentos a fornecedores em uma só.
Transportadoras estão sendo poupadas do atraso, já que são essenciais para conseguir entregar compras online aos consumidores.
“O mix de encomendas mudou recentemente para incluir mais eletroportáteis de uso doméstico como aspiradores de pó e air fryers”, disse uma fonte da indústria.
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Carlos Daltozo, co-chefe de renda variável da Eleven Financial, observou que a crise do coronavírus atingiu a Via Varejo em meio ao processo de recuperação do negócio que sucedeu a troca de controle.
“Obviamente o controlador anterior ficou tentando se desfazer do negócio por dois anos sem muito foco na operação, que vinha sendo administrada sob a lógica supermercadista, com estoques grandes e centralizados”, disse Daltozo.
A XP reduziu sua posição no mês passado de 7,5% logo após a transferência para menos de 5%. (Com Reuters)
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