Maior portal de comércio eletrônico da América Latina, o Mercado Livre afirmou hoje (5), dentro de seu balanço do primeiro trimestral, que observou forte retração da demanda na segunda metade de março, mas que o movimento foi retomado com força em abril, com cada vez mais consumidores comprando pela internet, o que tem exigido mais entregadores.
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Segundo o executivo, a necessidade de continuar gerando caixa à medida que as medidas de isolamento social se estendem em várias partes do país, tem levado um número crescente de pequenos comerciantes a procurarem os canais digitais para venderem seus produtos.
O Mercado Livre afirma ter contratado 200 funcionários próprios e outros 2.500 terceirizados desde a segunda metade de março para reforçar sua equipe de logística e dar conta do aumento do volume de entregas.
Tolda estima que muitos dos novos compradores e vendedores manterão as transações no ambiente eletrônico, mesmo depois que as medidas de isolamento forem desfeitas. “Acredito que a participação do comércio eletrônico nas vendas totais vai se estabilizar em níveis maiores do que os que tínhamos antes da crise”, disse ele.
Ao mesmo tempo em que amplia o foco em logística, a companhia tem revisto campanhas ligadas à expansão de seu braço financeiro Mercado Pago no varejo físico, justamente o mais atingido pelas medidas de isolamento para tentar conter o avanço da Covid-19.
No mês passado, a Reuters publicou que o Mercado Pago criou uma linha de crédito de 600 milhões de reais dirigida justamente a pequenos empreendedores atingidos pela crise.
Resultado
No Mercado Pago, a base de usuários únicos ativos cresceu 30,9%, a 43,2 milhões, e o volume de pagamentos alcançou US$ 8,1 bilhões, aumento ano a ano de 43,5% em dólar e de 82,2% em moeda constante.
O Mercado Livre teve prejuízo líquido (após impostos) de US$ 21,1 milhões de janeiro a março, ante resultado também negativo de US$ 54 milhões no quarto trimestre de 2019. (Com Reuters)
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