Com a crise econômica deflagrada pela Covid-19, algumas resseguradoras globais têm mostrado interesse em sair total ou parcialmente da América Latina para se concentrar nas regiões de suas matrizes, Estados Unidos e Europa, abrindo espaço para consolidação, disseram as fontes, sem revelar nomes das empresas.
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Embora haja cerca de uma centena de resseguradoras autorizadas a operarem no Brasil, esse mercado é bastante concentrado no país, com o IRB detendo cerca de 40%. Junto com Munich, Swiss Re e Chubb, o grupo tem mais da metade do mercado. O restante é distribuído entre marcas domésticas e internacionais, incluindo grupos de renome, como AIG e Allianz.
Desde o ano passado, operações entre seguradoras têm sido intensa no país, incluindo a venda das carteiras de automóveis e ramos elementares da SulAmérica para a Allianz e a renovação parcial da parceria da francesa CNP Assurances com a Caixa Seguros.
O movimento ocorre enquanto a maior resseguradora do país tenta se recuperar de uma sucessão de problemas que estilhaçaram sua reputação e, junto com a crise, fizeram as ações desabarem cerca de 80% no acumulado do ano até agora.
A despeito desse quadro, o IRB preservou a posição de caixa de cerca de 4 bilhões de reais que tinha no final de 2019, incluindo ativos líquidos, o que segundo as fontes pode ser uma oportunidade para a empresa dar uma mostra de força.
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Na semana passada, o próprio IBR informou que era alvo de fiscalização da reguladora Susep por apresentar insuficiência na composição dos ativos garantidores de provisões técnicas e, consequentemente, de liquidez regulatória.
Segundo uma segunda fonte, a decisão de tomar a dianteira e revelar que é alvo de investigação da Susep é parte da estratégia de se antecipar para mostrar aumento da transparência e recuperar a confiança do mercado.
Esse movimento deve ter novos capítulos nas próximas semanas, antes da divulgação do resultado do primeiro trimestre, previsto para 18 de junho, com a empresa dando um detalhamento maior sobre aspectos que possam sensibilizar a percepção dos investidores, como a das provisões técnicas, disseram as fontes.
Consultado pela Reuters, o IRB afirmou em nota que “avalia permanentemente oportunidades de possíveis operações, no Brasil e no exterior, que estejam alinhadas à sua estratégia de negócios”.
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