O homem mais rico do Japão, Tadashi Yanai, cuja loja Fast Retailing possui a marca de roupas Uniqlo, beneficiou-se bastante dessa recuperação: o empresário adicionou US$ 9,2 bilhões à sua fortuna desde que a lista de bilionários da Forbes foi publicada em março e agora vale US$ 28,9 bilhões.
LEIA MAIS: Com receita bruta superior a US$ 10 bilhões, Natura revoluciona a venda direta
“Os varejistas estão se dando melhor na Ásia”, diz Maureen Hinton, diretora de pesquisa da GlobalData, uma empresa de consultoria e análise de dados de Londres. “Em mercados como a China, onde as quarentenas foram removidas e onde há uma enorme base populacional, há demanda crescente”.
A Uniqlo fechou metade de suas 748 lojas na China após a imposição do bloqueio de circulação em janeiro, reabrindo gradualmente todas elas no final de abril. Enquanto isso, no Japão, 40% das lojas da Uniqlo foram temporariamente fechadas em maio, mas já foram reabertas. No mês passado, a empresa abriu duas novas lojas em Tóquio, no sofisticado Ginza e no centro comercial de Harajuku.
Parte da agitação em torno da Uniqlo ocorreu devido ao lançamento em junho do AIRism, uma linha de máscaras faciais, que desencadeou um grande fluxo online que dominou o site da empresa. Mas também atraiu compradores a visitar as lojas físicas da marca, que são mais conhecidas por sua variedade de roupas casuais acessíveis: saias femininas, por exemplo, que custam entre US$ 9,90 e US$ 39,90.
Mesmo assim, é provável que a gigante do varejo não escape do impacto da pandemia. A empresa estimou que, no ano fiscal encerrado em 31 de agosto, a receita cairá 9% para US$ 19,3 bilhões, enquanto o lucro operacional provavelmente será 44% menor, para US$ 1,34 bilhão.
LEIA TAMBÉM: Agora tem melhor IPO do ano, e CEO se torna o mais novo bilionário na China
Yanai, que viveu em uma casa acima da loja de roupas de seus pais em uma pequena cidade na prefeitura de Yamaguchi, no sudoeste do Japão, sempre afirmou que deseja que a Fast Retailing se torne a maior varejista de roupas do mundo. Mas a empresa ainda fica atrás da espanhola Inditex, mais conhecida por sua marca Zara, que é a atual número um, com vendas anuais de US$ 31,6 bilhões, e da H&M da Suécia, com vendas de US$ 24,8 bilhões.
Facebook
Twitter
Instagram
YouTube
LinkedIn
Inscreva-se no Canal Forbes Pitch, no Telegram, para saber tudo sobre empreendedorismo.
Tenha também a Forbes no Google Notícias.