Como Dolly Parton diversifica investimentos e contribui para a sociedade

25 de novembro de 2020
Taylor Hill/Getty Images

Estrela do country norte-americano, Dolly Parton fez doações para o combate ao novo coronavírus em 2020

Por décadas, a estrela Dolly Parton mostrou ao mundo que não só sabe compor e cantar sucessos, mas também tem um talento especial para identificá-los em segmentos de entretenimento, investimentos e, mais recentemente, uma possível solução para o coronavírus. Por meio do Dolly Parton Covid-19 Research Fund e em parceria com o Vanderbilt University Medical Center, a artista doou US$ 1 milhão, dinheiro que foi alocado para financiar parcialmente a vacina da Moderna, que está provando ser 95% eficaz, de acordo com dados da empresa.

Quando Parton doou pela primeira vez ao Vanderbilt University Medical Center, em abril, havia 200 mil casos de Covid-19 nos EUA. Agora, existem mais de 11,3 milhões de casos e quase 250 mil norte-americanos já morreram da doença.

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Mesmo sem a informação de como sua contribuição foi usada, a artista disse aos anfitriões do programa “Today”, Hoda Kotb e Jenna Bush Hager: “Estou muito feliz que qualquer coisa que eu fizer pode ajudar outra pessoa, e quando doei o dinheiro para o fundo da Covid, eu só queria fazer o bem. Evidentemente, está dando certo. Vamos apenas esperar que encontremos uma cura em breve.”

Expandindo sua marca para sempre

Dolly Parton sabe bem como investir seu dinheiro. De propriedade intelectual a propriedades físicas de entretenimento, ela construiu um império multimilionário. Além disso, ela apoia uma série de iniciativas de educação lideradas pela Dollywood Foundation, o mesmo nome de seu parque temático, que fundou em 1988.

A artista foi criada por um pai analfabeto, então, promover a alfabetização tem sido uma parte importante do trabalho sem fins lucrativos. Em 1995, a Dollywood Foundation lançou a Imagination Library, que distribui livros para crianças de todo o mundo, desde o nascimento até o primeiro ano de escola, gratuitamente. Além de sua fundação, Dolly Parton forneceu apoio financeiro para uma série de instituições de caridade, incluindo o Barbara Davis Center for Childhood Diabetes, Save the Music Foundation e a Boot Campaign, uma organização que doa os rendimentos para veteranos militares que estão lidando com doenças pós-traumáticas, transtorno de estresse e lesões físicas.

Nada mal para uma garota do campo nascida no condado de Sevier, Tennessee. Com 12 filhos, os pais de Dolly lutaram para sobreviver. Mas em Pigeon Forge, perto das colinas onde ela cresceu na pobreza, é onde Dolly construiu Dollywood. Ela é dona dessa propriedade, além do Dollywood’s Splash Country, Dollywood’s DreamMore Resort e Dollywood’s Smoky Mountain Cabins com a Herschend Family Entertainment. Ela também é coproprietária dos espetáculos “Dolly Parton Stampede” e “Pirates Voyage” com a World Choice Investments. Seus negócios de entretenimento atraem 4,5 milhões de visitantes anualmente e empregam mais de 3.000 pessoas.

Faça valer o que você criou

Vencedora de oito Grammys, Dolly tem participação acionária em todas as canções que escreveu, o que significa que ela é paga quando outro artista canta uma de suas músicas. Aos 20 anos, ela começou a Owe-Par Publishing Company com seu tio, Bill Owens, e manteve o controle acionário de sua música desde o início. Ela também possui sua própria gravadora, a Dolly Records.

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Uma de suas canções mais icônicas, e que foi interpretada por Whitney Houston em “O Guarda-costas”, é a balada “I Will Always Love You” que deu a Dolly US$ 10 milhões em royalties na década de 1990 e continua rendendo muito para a lenda da música country. Muito antes da interpretação de Whitney se tornar um dos singles mais vendidos de todos os tempos, Elvis Presley expressou interesse em gravar uma versão da canção. Dolly Parton recusou a oferta porque o artista pediu uma participação de 50% nos royalties de publicação da música. Em seu livro, Parton afirma que metade dos direitos era uma quantia muito alta.

Apoie o trabalho de outras mulheres

Grande apoiadora do trabalho feminino, Dolly é conhecida por mostrar solidariedade a suas irmãs em público e nos bastidores. Em 1986, a artista e seu ex-empresário, Sandy Gallin, fundaram a Sandollar Productions, a empresa que produziu o filme “Buffy, a Caça-Vampiros” em 1992, e é creditada em todos os episódios da série de TV. A executiva da Sandollar, Gail Berman, disse ao New York Times que Dolly entregou-lhe pessoalmente um pagamento quando descobriu que ela recebia menos royalties do que os homens da produtora.

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E, claro, a cantora apoia as mulheres em sua música. Seja “9 to 5” ou a faixa de 2018 “A Woman’s Right”, que foi inspirada na 19ª Emenda da constituição norte-americana, a capacidade de Dolly de expressar o quão longe as mulheres chegaram e o quão longe precisam ir, tudo com uma melodia e um sorriso, é algo que lembraremos (e exaltaremos) por muito tempo.

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