“No início deste ano, a produção de coco enfrentou problemas”, explica o CEO, Ben Mand. “Nós tivemos uma produção 12% menor com 30% a menos de água e sabíamos que precisávamos fazer algo.”
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A indústria de água de coco teve grande crescimento na última década e agora é um mercado global avaliado em US$ 4 bilhões, com uma taxa de crescimento anual composta prevista em 16,1% nos próximos anos. A Harmless Harvest surgiu como líder na produção de água de coco orgânica menos processada.
A indústria tem problemas relacionados a direitos humanos e meio ambiente. Cerca de 95% dos cocos são produzidos por agricultores familiares na região da Ásia-Pacífico, com pouca segurança social. Segundo o “The Guardian”, “sem surpresas, os números de auxílios financeiros para produção de coco não tendem a aumentar.” Estima-se que cerca de metade dos produtores de coco das Filipinas vivam em condições de extrema pobreza, ganhando menos de US$ 1 por dia.
A Harmless Harvest reconhece que esse sempre foi um fator de risco para o negócio. Segundo Mand, “condições de mercado mudam constantemente. Não é incomum que os preços aumentem em 50% em questão de semanas. Trabalhamos junto a ‘Fair For Life’ para garantir preços estáveis aos produtores. Normalmente, a extração de cocos não tem preço mínimo”.
A empresa se comprometeu publicamente em extrair 50% de cocos de terras regenerativas e orgânicas certificadas até 2023. Isso significa que a Harvest investirá na recuperação da saúde dos solos e irá diversificar a renda de produtores parceiros. Segundo a companhia, essa estratégia irá garantir uma produção de cocos orgânicos e de qualidade. Os rendimentos anuais chegaram a US$ 100 milhões em vendas no varejo.
“Usaremos todos os recursos disponíveis nos ecossistemas nas fazendas: camarões e peixes em canais, leguminosas fixadoras de nitrogênio para o solo, abelhas que viabilizam a polinização, uso de pimentas contras pestes nos troncos de árvores. Todos esses esforços visam maximizar a saúde das plantas, captura de carbono, saúde do solo e diversificar as fontes de recursos, o que ajuda a aumentar o rendimento e resiliência financeira dos produtores”, afirma Mand.
A empresa afirma que aposta em agricultura regenerativa, porque no longo prazo a produção e a disponibilidade de cocos são essenciais para a sobrevivência do negócio. Mand espera que outros atores dessa indústria possam se juntar a ele. “Esperamos que nossos competidores se inspirem, juntem-se ao movimento e trabalhem na recuperação do solo. Todo o material de treinamento do nosso programa estará disponível para qualquer pessoa. Se todas as terras com atividade agrícola utilizassem prática regenerativas, nós poderíamos ter carbono suficiente no solo para reverter o aquecimento global em cinco anos.”
A Harmless Harvest planeja publicar um relatório anual sobre responsabilização de impactos.
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