O que os algoritmos do streaming ensinaram ao KondZilla?

10 de novembro de 2021

Konrad: “a tecnologia, hoje, consegue identificar tendências e entender o que está crescendo e em qual velocidade” (Crédito: Divulgação)

Recordes no YouTube, programas em TV aberta, fechada, parcerias com Spotify e projetos especiais para vários tipos de formatos e plataformas. Konrad Dantas, fundador da KondZilla, e Forbes Under 30 em 2017, acostumou-se, nos últimos dez anos de vida de sua produtora, a entender plataformas, algoritmos e todos os elementos possíveis para fazer com que um conteúdo possa ter bom desempenho.

A parceria com a Netflix, que resultou na estreia da segunda temporada da série Sintonia, no final do mês de outubro, trouxe uma nova compreensão para o empresário sobre como que um algoritmo, ou a dinâmica algorítmica pode determinar o sucesso, ou não, de um conteúdo. Konrad reforça que leva-se tempo para entender o que um algoritmo está privilegiando, além da velocidade com que tudo pode mudar. À Forbes Brasil, o empresário indica o que aprendeu por meio dessa imersão no mundo da tecnologia. Konrad, inclusive, fala sobre o que o levou a investir na startup Strm, especializada em inteligência artificial.

Lide com o imprevisível
“Leva bastante tempo para identificar como os algoritmos foram programados para beneficiar e otimizar a experiência do usuário. Demora para mapear o que o algoritmo está privilegiando e qual o KPI que está determinando naquele momento. E não necessariamente você consegue usufruir disso, porque às vezes a plataforma muda o indicador, ou vem com uma ferramenta nova, ou um novo posicionamento e aquele período que você levou para aprender, ou até desmistificar e decodificar o algoritmo, pode já não fazer sentido.”

Tecnologia aliada à eficiência
“Eu acredito que a tecnologia orientada ao conteúdo, hoje, consegue identificar as tendências e entender o que está crescendo e em qual velocidade está crescendo.  Ela viabiliza um planejamento financeiro estratégico, o famoso PNL, para entender qual o tamanho do investimento, avaliar o risco proporcional e ter uma noção bem mais clara de com quanto tempo você vai conseguir explorar comercialmente aquele produto. Vale falar um pouco mais do impacto artístico que ela causa: identificar quais são as tendências, quais os conteúdos que vão dar certo ou não e onde que está a taxa de abandono. Se for um produto curto, como uma música ou um vídeo, dá para ver ali, bem claro, onde teve a taxa de abandono, e nos vídeos mais longos, como uma série, você precisa de uma aferição bem apurada, minuto a minuto, para entender qual cena anterior que não conseguiu manter a retenção daquela audiência.”

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Estrutura de growth e tecnologia
“Temos um diretor de growth e uma equipe de tecnologia que analisa e compara os relatórios. Eu também tive, recentemente, a oportunidade de fazer a aquisição de um pedaço de uma companhia cuja solução eu acredito muito. Se chama Strm; é uma plataforma de inteligência artificial para a indústria da música. Com ela, você consegue ver o desempenho e, ao mesmo tempo, conectar o talento com o investidor. Do outro lado, os stakeholders têm procurado, cada vez mais, o perfil de produto e estilo de um artista promissor. E com essa plataforma, que está disponível para o mercado, temos feito o planejamento artístico dos talentos que a KondZilla Records agencia.”