Por Nayara Figueiredo
SÃO PAULO (Reuters) -A produção de soja de Mato Grosso deve alcançar o recorde de 41,5 milhões de toneladas na safra 2022/23, que será plantada a partir de setembro, estimou nesta segunda-feira o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), com um aumento na projeção mensal para a oleaginosa, além de um corte na perspectiva para o milho que está sendo colhido após seca.
A alteração veio na esteira de um incremento esperado para área a 11,8 milhões de hectares, 5,23% acima do levantamento anterior e alta de 2,92% em relação ao ciclo de 2021/22.
“Assim, o aumento de área de soja em Mato Grosso continua pautado pela valorização do preço da oleaginosa nos últimos anos, a demanda aquecida no mercado e o cenário favorável para as cotações dos subprodutos”, disse o instituto em relatório.
Segundo o Imea, há uma grande conversão de pastagens em agricultura, principalmente as áreas degradadas ou em situações em que os pecuaristas com menor investimento estão saindo da atividade para arrendar as áreas para a conversão.
Para o ciclo atual, a produção de soja ficou consolidada em 40,85 milhões de toneladas, alta de 13,32% ante a temporada passada, caracterizando a maior safra da série histórica do Estado até o momento. No último levantamento, o Imea projetava a produção de 2021/22 em 38,88 milhões de toneladas.
MILHOA produção de milho 2021/22, que está sendo colhido, caiu de 39,347 milhões de toneladas para 39,156 milhões.
A produtividade do cereal apresentou um reajuste negativo de 1,63% e ficou em média de 102,10 sacas/hectare no Estado. “O motivo da retração no rendimento continua sendo elencado devido à escassez hídrica que vem ocorrendo desde o mês de abril de 2022 em grande parte de Mato Grosso”.
O prejuízo só não foi maior porque a área de milho foi reajustada para 6,39 milhões de hectares, que representa uma alta de 1,17% em relação ao relatório passado.
“Esse incremento está sendo pautado pelos altos patamares de preços no mercado de milho e as estimativas de maior demanda externa, bem como, interna pelo cereal, principalmente pelas usinas de etanol mato-grossense.”
(Por Nayara Figueiredo)