Essa empresa de saúde mental, pioneira nesse tipo de terapias na região, opera no estado de São Paulo e prepara sua expansão para outras cidades da América Latina em 2023.
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A ibogaína é um alucinógeno originalmente produzido pelo arbusto iboga da África Ocidental. Sua aplicação no tratamento da dependência de opiáceos e outras substâncias vem sendo pesquisada. A cetamina, por sua vez, é uma droga dissociativa sintética que produz efeitos psicodélicos. Originalmente aprovada como anestésico, ela é usada atualmente para recuperar rapidamente pacientes com depressão profunda ou risco de suicídio.
O uso de ambas as substâncias para tratamento de diferentes condições de saúde mental é autorizado no Brasil, desde que realizado sob supervisão médica adequada e em ambiente hospitalar.
Ibogaína no tratamento do vício
A ibogaína é um alcaloide extraído da casca da raiz de Tabernanthe iboga, um arbusto nativo das florestas tropicais do Congo e Gabão e no delta do rio Ogoue. A primeira evidência de seu uso medicinal remonta a 20 mil anos atrás, quando os pigmeus o usavam em rituais sagrados de cura.
O mundo ocidental não conhecia seu uso terapêutico até o século XX, com as pesquisas de Albert Schweitzer na década de 1930 e de Howard Lotsof, quase três décadas depois.
Foi justamente Lotsof que descobriu, em 1962, que a ingestão dessa substância pode produzir efeitos positivos em pessoas com dependência de opióides, pois contribui para a redução dos sintomas de abstinência.
Essas descobertas abriram as portas para mais pesquisas sobre os efeitos terapêuticos da ibogaína em pacientes com dependência de opióides. Foram encontradas evidências científicas que confirmam que a substância pode ser segura e eficaz no tratamento desses problemas.
Tratamento com Ibogaína nas Clínicas Beneva
Especialista em clínica médica e gastroenterologia, Rasmussen tratou mais de 2 mil pessoas com ibogaína em 27 anos de atividade. Ele trabalha com uma equipe de psiquiatras e psicólogos altamente qualificados para oferecer tratamentos com rigor científico.
Além disso, ele liderou várias investigações sobre os efeitos da ibogaína em pacientes com transtornos de dependência, incluindo um estudo realizado em uma amostra de 80 pacientes, que mostrou que 70% dos sujeitos conseguiram permanecer pelo menos um ano sem recaídas no uso de drogas.
“Não é uma droga milagrosa, mas quando usada com cuidado e com apoio psicológico, é uma valiosa alternativa para tratamento de pacientes com vícios graves, que não obtêm resultados através de outros meios”, diz Rasmussen, atual diretor médico das Clínicas Bienstar e Beneva.
Além disso, um Decreto do Estado de São Paulo de 2016, que incentiva a pesquisa científica contra o uso problemático de drogas, autoriza e regulamenta o uso da ibogaína para o tratamento da dependência química sob supervisão médica e em ambiente hospitalar.
Terapias assistidas por cetamina
Além dos tratamentos de dependência baseados na administração de ibogaína, a Beneva oferece diferentes tipos de terapias assistidas por cetamina, com uma equipe de anestesiologistas com ampla experiência na aplicação de cetamina intravenosa.
As infusões são, de acordo com estudos recentes, uma opção rápida e segura para o tratamento de depressão resistente, ideação suicida e dor crônica e aguda.
Por isso, a Beneva pode oferecer essas terapias garantindo sua segurança e legalidade de acordo com o marco regulatório brasileiro.
Recentemente, a revista BJPSych Open publicou uma revisão sistemática que relata a eficácia da cetamina, não apenas no tratamento da depressão resistente ao tratamento, mas também como método para reduzir pensamentos suicidas.
Este trabalho reúne uma série de pesquisas que demonstram a presença de efeitos anti suicidas quase imediatos após a administração da substância, com duração maior do que das de outras drogas. A conclusão é que a cetamina pode ser uma boa alternativa para pacientes com tendências suicidas.