Depois de IPO da montadora, Piero Lardi pode se tornar primeiro bilionário da Ferrari

14 de outubro de 2015

Piero Ferrari (Getty Images)

Depois da tumultuada história em que o filho de Enzo Ferrari de fora do casamento tornou-se o único herdeira de companhia que ele fundou, a montadora de carros de corrida mais famosa do mundo terá finalmente seu primeiro bilionário. Na semana que vem, assim que a empresa abrir capital na Bolsa de Valores de Nova York, Piero Lardi Ferrari provavelmente verá sua fortuna atingir um status supeiror.

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Piero é vice-chairman da Ferrari desde 1988, quando seu pai morreu, e tem uma fatia aproximadamente 10% da empresa, enquanto os outros 90% são controlados pelo Grupo Fiat Chrysler (GFC). As ações devem começar a ser negociadas na próxima quarta-feira (21), das quais 17.175.000 (cerca 9%) são do GFC, com o opicional de vender mais 1.717.150.

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Se a expectativa de US$ 48 a US$ 52 por ação se confirmar, a Ferrari pode chegar a ser avaliada até em uS$ 9,1 bilhões e as 18.892.160 ações comuns de Piero (seus 10%) valeriam pelo menos US$ 906,8 milhões. Além da sua porcentagem, que não espera ser vendida, Piero ganhou € 280 milhões em dinheiro há dois anos quando o GFC reestruturou a empresa. Com correção monetária, FORBES estima que este valor esteja em cerca de US$ 360 milhões hoje. Isso deixaria o único filho vivo de Enzo Ferrari com uma fortuna estimada em US$ 1,27 bilhão.

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Segundo os documentos do IPO, Piero pode pegar parte de algumas ações, o que poderia deixar sua participação na empresa em 10,5%, enquanto seu poder de voto seria fixado em 15,3%. Ele tem ainda alguns ativos em seu nome. Com seus dois filhos, é dono da empresa de serviços de engenharia automotiva HPE-COXA, que tem como cliente, claro, a escuderia Ferrari. A empresa teve uma receita de US$ 10,8 milhões em 2014, de acordo com a consultoria Orbis. Piero tem ainda uma pequena porcentagem (1,95%) na italiana Piaggio Aero, a primeira empresa europeia de aviação a construir um drone.


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O caminho da Ferrari ao topo não foi fácil. Desde problemas enfrentados há um século, na Primeira Guerra, a resistência a pilotos italianos e acidentes fatais em corridas nos anos 1950 e 1960. Hoje, a montadora tem uma fatia mundial de 23% no mercado de carros de alto luxo e receita de US$ 3,14 bilhões.