Muitos biólogos se incomodam quando as pessoas falam sobre inteligência dos animais. Os morcegos, por exemplo, são cegos, mas conseguem se localizar ouvindo o eco de suas próprias vozes. Isso, no entanto, é muito diferente da inteligência humana. Cada espécie animal tem facilidade em resolver um determinado tipo de problema, mas somente depois de ter desenvolvido seu intelecto.
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O nosso cérebro se desenvolve independentemente de seu tamanho. Não é a maior quantidade de neurônios que aumenta a capacidade cognitiva, mas a maneira como eles estão conectados.
Os neurônios começam a aparecer na terceira semana de gestação. Na 18ª, o feto já deve ter a quantidade exata para a vida inteira. Isso, no entanto, não quer dizer que o cérebro esteja “ligado”. Essas células do cérebro são formadas por axônios, dendritos e pelo corpo celular e, em um feto, são pequenas demais para funcionar.
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Isso se dá, principalmente, porque a bainha de mielina, camada que envolve o corpo celular dos neurônios, não está completamente formada. Sem a proteção, os íons contendo informações nervosas se perdem antes de chegar aos dendritos, partes em que os dados são passados para o próximo neurônio.
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A mielinização do cérebro humano começa somente no final da gestação e é um processo lento: cada parte do órgão recebe uma quantidade de mielina diferente, e algumas regiões dependem de outras para se desenvolver. Ao nascer, somente a medula espinhal está completamente formada. O córtex é a última região a receber a camada de proteção nas células.