As fundadoras Michelle Smyth e Kristen Holman se conheceram quando eram crianças no subúrbio de Chicago. Agora, quase 40 anos depois, Kristen traz suas décadas de experiência com marketing e Michelle, sua experiência com marketing de dados.
LEIA MAIS: Hacker promete kit para qualquer carro virar autônomo até o ano que vem
A inspiração delas foi a selfie da apresentadora norte-americana Ellen DeGeneres no Oscar de 2014, onde ela aparece cercada de estrelas do cinema dos Estados Unidos. O sucesso dela na internet fez com que esse simples registro passasse a valer US$ 1 bilhão. “Sabíamos que havia valor em todos esses dados sem estrutura por aí… Há, absolutamente, muito dinheiro a ser ganho baseado nisso”, diz Kristen. Elas começaram a pensar no que as marcas poderiam monetizar em selfies do dia a dia.
LEIA MAIS: A lição de marketing para aprender com o “’Pokémon GO”
Os usuários não precisam postar as suas selfies no Facebook ou no Snapchat, apenas no próprio aplicativo. Eles podem lucrar por volta de US$ 20 por mês se seguirem á risca os pedidos do app e ganhar 50 centavos por amigo que se tornar usuário. Há também uma opção para doar o dinheiro à Alliance, organização contra a pobreza. “Tentamos tornar isso ainda mais humano para o usuário”, disse Kristen. “O objetivo é manter isso com a leveza de um jogo”.
Os primeiros clientes da Pay Your Selfie foram locais: uma boutique que pagava as pessoas com vale-presentes e um restaurante que os pagava com dinheiro vivo. Atualmente, os clientes pagam com US$ 3 e US$ 5 por engajamento. A maioria das campanhas têm um valor que varia entre US$ 3.500 a US$ 25.000 e conseguem em média US$ 2.000 a US$ 10.000 respostas.
LEIA MAIS: Apple lança iPhone 7 resistente à água
O app faz pedidos para seus usuários: pode pedir que fotografe em frente a uma determinada loja ou mostre fotos pessoais segurando seus produtos favoritos de uma marca.
LEIA MAIS: Estudo aponta que o Snapchat está prestes a viver boom de popularidade
“Quando você começa a analisar os dados coletados, há uma certa expectativa do que se pode encontrar. Porém, há sempre aquele momento “eureka”, onde se percebe que o que se tem em mãos é muito mais profundo que o esperado”, afirma Kristen Holman.
Como elas fizeram o aplicativo
O primeiro crowdfunding arrecadou US$ 750.000 (elas esperam recuperar esse valor até o verão do próximo ano no Hemisfério Norte). Agora, elas estão embarcando na segunda fase e adicionando novas características ao aplicativo. “Você precisa tratar todo dia como se fosse o seu último dia, como se fosse perder tudo que tem”, diz Kristen.
LEIA MAIS: Aprender a ouvir as máquinas é crucial para o futuro
Porém, a dupla sabia fazer conexões. “Sabíamos que conseguiríamos fazer todas as conexões e que conseguiríamos vender nosso produto de porta em porta e começar conversas importantes. Isso nos motivou muito, em uma maneira que as outras startups não estão motivadas”, disse Kristen.
Porém, apesar de tudo, elas confiavam uma na outra. Nunca discutiram questões pessoais por mensagem – sempre ao vivo ou por telefone. “Escrevemos pequenos bilhetinhos de amor uma pra outra. Fazemos isso toda hora porque senão nos apoiarmos, ninguém vai”, afirmou Kristen.