“Brasil é um parque de diversões para startups”, afirma presidente da maior aceleradora do país

30 de novembro de 2016

Pedro Waengertner deu dicas a empreendedores no evento Like The Future, em São Paulo (Gustavo Rampini)

“O futuro já chegou, só está mal distribuído.” Este é o aviso que Pedro Waengertner, presidente da primeira aceleradora de startups do Brasil, a ACE, dá a jovens empreendedores. O jovem responsável pela maior aceleradora da América Latina hoje falou um pouco sobre o que falta ao empreendedorismo brasileiro hoje no evento “Like The Future”, realizado pela LIDE Futuro, na noite desta terça-feira (29), em São Paulo.

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“O Brasil é um parque de diversões para startups. Nos Estados Unidos, você tem 20 concorrentes. Na Europa, a mesma coisa. Aqui é o único país que se perde pela execução, não pela concorrência”, afirma o empreendedor.

Waengertner aconselha quem quiser montar o próprio negócio a fugir do efeito manada. “Já foram os aplicativos de balada, depois os de restaurante… As pessoas vêem as tendências e falam ‘vou seguir isso aqui, li na revista'”, afirma o empreendedor. “Mas você não tem que achar uma oportunidade em uma revista, tem que vir do cliente! Você tem que identificar um problema do cliente.”

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“Sabe por que as startups falham tanto? Se você monta algo que não significa nada para você, depois de passar dois anos com salário miojo, vai largar tudo e voltar para o mercado!” Para o cofundador da ACE, a imagem de que o empreendedor é “um herói” ajuda a atrapalhar a noção real do que é ter uma startup. “A gente não fala da cabeça do empreendedor, de que ele pode acordar deprimido de manhã, trabalhar 20 horas seguidas. Quem abre uma startup só querendo ganhar dinheiro foi mal assessorado financeiramente. Você tem que pensar em como vai mudar a vida das pessoas.”

Like The Future

No evento, foram premiadas três startups em diferentes segmentos e fases de operação: Soft & Solutions (fase de planejamento), Dr. Cuco (estágio inicial) e Educacross (impacto social).