Controlada pela mineira Cemig, a Light também possui ativos em geração, mas tem enfrentado dificuldades financeiras crescentes, com elevado endividamento e um custo da dívida em alta, principalmente devido ao baixo desempenho de seu negócio de distribuição de eletricidade.
A situação é ainda mais difícil de ser administrada em um momento em que o Estado do Rio de Janeiro enfrenta uma severa crise fiscal que levou o governador Luiz Fernando Pezão a anunciar um pacote de medidas para elevar a receita que inclui aumento de impostos e o fim de programas sociais.
A dívida bruta da Light atingiu no final de setembro 6,8 bilhões de reais, alta de 0,4 por cento ante o fechamento do trimestre anterior.
E MAIS: Petrobras vende Liquigás para Ultragaz por R$ 2,8 bilhões
“Verifica-se que a empresa não está sendo capaz de corrigir a rota de piora de seus indicadores de sustentabilidade… que já se encontram acima do limite máximo recomendado”, afirma a fiscalização da Aneel.
“Em outras palavras, a geração operacional bruta de caixa tem se tornado cada vez mais insuficiente para honrar todas as obrigações e investimentos, aumentando o risco de descumprimento de compromissos financeiros”, conclui o relatório, com data de 18 de novembro.
Desde 2015, a Aneel tem cobrado das distribuidoras a apresentação de planos de resultados para melhorias dos serviços e acompanhado a execução de investimentos e os índices financeiros das empresas.
NÃO PERCA: Brasil é o segundo país do mundo menos interessado em política
Procurada, a Light afirmou que não iria comentar o conteúdo do documento da Aneel.
Em meio a dificuldades de sua controlada, a Cemig anunciou nesta terça-feira um aumento de capital de cerca de 450 milhões de reais na Light, o que elevará sua participação na companhia para 41,92 por cento, ante 32,4 por cento anteriormente.