Ontem (11), a companhia divulgou um novo projeto chamado “Facebook Journalism Project” ou projeto de jornalismo do Facebook, com três objetivos primários: trabalhar com jornalistas para construir storytellings, treinar jornalistas para fazer melhor uso da rede social como plataforma de trabalho e se unir a partidos terceiros (partidos que não sejam republicanos ou democratas) para promover credibilidade no jornalismo dentro e fora das redes sociais.
Em um post em seu blog, a diretora de produtos do Facebook, Fidji Simo, afirmou que esses esforços são passos que a companhia está tomando em direção a minimizar os efeitos colaterais dos escândalos das notícias falsas que circularam pela mídia social. Além disso, a companhia tem parceria com empresas especializadas em identificar matérias falsas que possam vir a aparecer novamente, além de criar políticas para reduzir os incentivos financeiros para quem publica histórias falsas.
A colaboração do Facebook com repórteres em produções jornalísticas podem levar a novos formatos de storytelling, mais apoio para notícias de conteúdo local, experimentos com modelos de negócios como inscrições online e “hackathons” para web designers, onde engenheiros do Facebook e companhias de mídia trabalharão juntas.
A companhia também revelou que pretende completar um tour global para promover a comunicação regular entre o Facebook e o mercado de publicações.
Para expandir o treinamento de como usar melhor o Facebook, a companhia está trabalhando com o instituto Poynter para lançar um certificado de currículo para jornalistas interessados e também traduzirá cursos online do Facebook para repórteres em nove línguas adicionais.
Para ajudar a melhorar a news literacy, ou seja, o estudo de credibilidade, o Facebook trabalha com a News Literacy Project para produzir uma série de anúncios para informar o público sobre a questão.
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A longo prazo, a rede social afirmou que trabalhará com educadores, pesquisadores e jornalistas para ajudar a apoiar editores, a até mesmo oferecer ajuda financeira. “Este é só o começo do que pretendemos. Ainda há muito a fazer,” diz Simo.
Parte das novas estratégias do Facebook serão lideradas por Campbell Brown, uma ex-jornalista de televisão que a empresa contratou para fazer a mediação entre os editores e o Facebook. Brown, que é ex-correspondente da “NBC” e âncora da “CNN”, disse no começo do mês que usará sua experiência profissional para ajudar novos jornalistas a trabalharem “mais próximos e de forma eficaz” do Facebook.
Após inicialmente minimizar seu envolvimento no escândalo de notícias falsas que circularam pelo Facebook, o CEO Mark Zuckerberg anunciou uma série de grandes mudanças na empresa para conter a divulgação de tais conteúdos. O Facebook também pretende diminuir os spams mascarados de organizações de notícias.
A companhia parece ter desistido de produzir seu próprio conteúdo, mas organizará trending topics (assunto mais comentados ou mais relevantes) para seus leitores, e pagou editores e digital influencers para fazerem vídeos ao vivo. Em adição, o feed de notícias, que é organizado com um algoritmo que rankeia posts baseados em vários fatores, impacta significativamente o que o usuário vê.
O Facebook é hoje a principal fonte de notícias de metade dos norte-americanos, de acordo com o centro de estudos Pew Research Center. E o número de usuários só aumenta a cada dia, já há cerca de 2 bilhões de inscritos na rede social.