“Precisamos acreditar na possibilidade de mudar a vida nas cidades”, afirma CEO da Uber Brasil

7 de janeiro de 2017

Guilherme Telles é CEO da Uber no Brasil (Carol Carquejeiro)

Guilherme teve todo o apoio da família para, desde os 14 anos, estudar fora do país. Aproveitou ao máximo. Depois fez incursões no mercado financeiro até sentir necessidade de algo “mais fora da caixa”. Por 18 meses, dirigiu a área estratégica do Peixe Urbano e, enquanto cursava MBA em Stanford, foi contaminado por algo maior. Agora, seu ímpeto era “mudar o mundo”.

No início de 2014, teve o primeiro contato profissional com a Uber, app de “caronas pagas” criado em 2012 por dois empresários norte-americanos (Travis Kalanick e Garrett Camp). Enquanto assistia a uma palestra da então diretora de expansão para a América, Megan Zoback, reparou na falta de interesse da companhia com o Brasil. “Eu via o app funcionar na Califórnia. Por que não funcionaria aqui?”, pensou. Então montou uma apresentação e mostrou-a para 15 pessoas da Uber americana. Não demorou para que o processo de implantação começasse. Em junho de 2014, as operações davam os primeiros passos no Rio de Janeiro. O jovem Guilherme, então com 30 anos, estava no comando.

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“Meu desafio é encontrar pessoas com aspirações muito maiores do que o simples trabalho. Precisamos acreditar na possibilidade de mudar a vida nas cidades e querer torná-las um lugar melhor. É esse o propósito da Uber”, diz o CEO de 33 anos. Em 2015, esse propósito transformou a empresa na startup mais valiosa do planeta, hoje avaliada em US$ 62,5 bilhões (após receber um aporte de US$ 3,5 bilhões do Fundo de Investimentos Públicos da Arábia Saudita, em junho de 2016, a Uber se autodeclarou “a companhia financiada com capital de risco mais valorizada no mundo”).

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No Brasil, são mais de 10 mil motoristas parceiros espalhados por 26 cidades. No mundo, são, em média, 5 milhões de viagens diárias e mais de 1,5 milhão de motoristas parceiros ativos. Guilherme afirma: “É tudo um movimento de longo prazo. A Uber, no geral, busca gerar empregos, praticar a inclusão, melhorar o trânsito, diminuir a emissão de gás carbônico, reduzir o número de quilômetros rodados. Enfim, tornar o mundo um lugar melhor”.