Kering chega ao Brasil com nove grifes de luxo

24 de março de 2018
Divulgação

Fabio Ferracane, diretor de vendas global da Kering, e Joyci Lin, CEO da GO Eyewear (Divulgação)

Foi em 2014 que o Kering, um dos principais grupos de luxo do mundo, decidiu internalizar a produção de óculos e abrir um novo braço da empresa, a Kering Eyewear. Fabio Ferracane, diretor de vendas global da Kering, conta que foi graças a uma conversa entre Roberto Vedovotto (atual CEO da Kering Eyewear) e François-Henri Pinault, chairman e CEO do grupo francês, que a startup surgiu. E, em pouco tempo, já mostrou seu potencial: atualmente é a quarta empresa mais representativa do Kering Group.

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No Brasil, a entrada da Kering Eyewear se deu recentemente, em parceria com a GO Eyewear, atuante no país há mais de 30 anos. FORBES Brasil conversou com Fabio Ferracane e Joyci Lin, CEO da GO Eyewear, para saber um pouco mais sobre o atual momento do segmento no país.

FORBES Brasil: Por que a Kering decidiu internalizar o processo de produção da linha óptica?

Fabio Ferracane: A ideia de ter a divisão de óculos dentro do grupo é controlar mais as marcas, o processo de produção, ter criações com DNA mais forte e posicionar de forma correta as grifes no mercado, acompanhando de perto todo o ciclo – da qualidade à forma como está sendo apresentado aos clientes.

Qual é o portfólio de marcas da Kering Eyewear?

Fabio Ferracane: Estamos divididos em três segmentos: Fashion, Luxury e Diffusion, com 12 marcas. No Brasil, decidimos entrar com nove: Gucci, Bottega Veneta, Saint Laurent, Puma, Alexander McQueen, Stella McCartney, Boucheron, McQ e Cartier Lunettes. Até o momento, seis já estão no país, sendo que a mais nova é a Cartier.

O portfólio da Kering Eyewear está dividido em três segmentos: Fashion, Luxury e Diffusion, com 12 marcas (Divulgação)

Quais são as marcas mais fortes?

Fabio Ferracane: No segmento de luxo, a Cartier Lunettes, pois está com um aspecto mais jovial, se reinventando e buscando clientes mais jovens. Na linha fashion, eu apostaria na Gucci, que, além de ser a marca mais “quente” do momento, no último ano cresceu no ritmo dos dois dígitos.

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Qual é a relação entre as empresas?

Joyce Lin: Foi um investimento para ambas, portanto não é apenas um relacionamento entre distribuidor e produtor – é, de fato, uma parceria. No futuro, podemos nos tornar até algo mais, como uma joint venture.

Qual foi realmente o objetivo da parceria?

Fabio Ferracane e Joyce Lin: Na maior parte dos outros países, a Kering entra direto no mercado. Aqui, fizemos a parceria porque a GO já conhece o território, que é muito diferente, inclusive no que diz respeito à legislação. A GO já está estabelecida, tem uma fábrica local e um time forte. Se a Kering entrasse por conta própria, provavelmente o processo seria mais lento.

 

Reportagem publicada na edição 56, lançada em dezembro de 2017