Thiago Nigro: "Eu só tinha 22 anos na época, e minha condição financeira era diferente"

26 de julho de 2019
Divulgação

Foco de polêmica nas redes sociais por suposta dívida de R$ 1,7 milhão, dono do canal “Primo Rico” esclarece o episódio

Desde ontem (25), Thiago Nigro, apresentador do canal de finanças “Primo Rico”, no YouTube, está em meio a uma polêmica por conta de uma reportagem que fala sobre uma suposta dívida de 1,7 milhão de reais, referente a imóvel em seu nome, com prestações atrasadas.

“Recebi muitas perguntas ao longo do dia, de pessoas querendo saber o que aconteceu, já que trabalho com educação financeira”, diz Nigro, que afirma não dever esse valor.

Nigro conta ainda que, além dos questionamentos nas redes sociais, recebeu apoio. “Agradeço a todos pelo apoio que tenho recebido e peço desculpas por todo este transtorno gerado em consequência de um barulho excessivo nas redes sociais. Apesar de incômoda, não tenho vergonha dessa exposição, pois carrego de cabeça erguida uma história de dificuldades vividas pelos meus pais que, felizmente, tenho conseguido ajudar. Aliás, a gestão desse episódio é parte do que desejo compartilhar num futuro breve.”

Em conversa com Forbes Brasil, ele esclarece o episódio.

FORBES: O que aconteceu?
THIAGO NIGRO: Há 9 anos, meus pais compraram um imóvel em meu nome, pois enfrentavam sérios problemas de crédito. A situação da família era muito delicada. Infelizmente, eles não conseguiram honrar os compromissos e pararam de pagar as prestações mensais. Naquela época, eu tinha 20 anos de idade, mal tinha condição de me sustentar e muito menos de ajudá-los. Com o tempo, as dívidas viraram uma bola de neve.

F: Você enfrenta algum processo hoje na justiça?
TN: Não, não tenho nenhum processo na Justiça.

F: Você deve R$ 1,7 milhão?
TN: Não, não devo esse valor.

Reprodução

Certidão Negativa de Débitos Relativos aos Tributos Federais e à Dívida Ativa da União

F: As matérias na imprensa deixam a entender que você deve.
TN: Não, não devo absolutamente nada relativo a esse imóvel.

Reprodução

      Certidão Conjunta de Débitos de Tributos Imobiliários


F: Você alegou que não tinha condições financeiras de pagar esses R$ 9.564,67 referentes aos honorários dos advogados da incorporadora, e pediu mais 15 dias. Por quê?

TN: O imóvel está no meu nome, mas eu deleguei essa tomada de decisão por meio de uma procuração. Eu mesmo paguei esse valor hoje, assim que tomei o conhecimento do problema.

F: Por que essa situação se arrastou por tanto tempo com sua família morando no imóvel?
TN: Porque estavam passando por problemas financeiros, e a situação do imóvel estava indefinida dentro do trâmite jurídico, que por vezes se estende por muito tempo.

F: Por que você não resolveu isso antes?
TN: Tentei renegociar em 2012, mas não obtive êxito. Vale lembrar que eu tinha 22 anos na época, morava com meus pais e minha experiência e condição financeira eram muito diferentes.

F: Existe algum débito em seu nome em relação ao imóvel ou outra pendência?
TN: Não. Todas as pendências foram quitadas junto à entrega do imóvel. Não tenho qualquer dívida, nem relativa ao imóvel, nem relativa a qualquer outra coisa.

Reprodução

Certidão Negativa de Débitos Tributários da Dívida Ativa do Estado de SP

 

F: Você tem mesmo liberdade financeira?
TN: Sim. Acumulei capital suficiente para minha liberdade financeira. Em meu canal, frequentemente posto meus investimentos.

F: Você sempre teve dinheiro?
TN: Não. Comecei a trabalhar como garçom e barman. Até meus 27 anos, ajudava minha família financeiramente da forma que podia.

F: Há uma declaração sua de 2016 em que você declara que era pobre.
TN: Naquela época, o que ganhava, além de meus custos pessoais, bancava minha família, suas dívidas mais urgentes e, por isso, ainda não conseguia acumular capital. No ano seguinte, fiz um acordo com meus sócios e passei a me dedicar exclusivamente ao canal.

F: Se você pudesse voltar atrás, o que faria diferente? E o que aprendeu com este episódio?
TN: Eu não me arrependo de ter cedido meu nome para ajudar minha família. Mas, se eu pudesse voltar atrás, não teria delegado a tomada de decisão, teria acompanhado mais de perto e teria resolvido essa situação muito mais rápido.

 

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