- Doações para institutos e universidades americanas são o foco da filantropia bilionária americana;
- Warren Buffett superou Bill Gates e chegou a primeira colocação na lista dos que mais doaram;
- O ranking foi elaborado com uma nota de 1 a 5; os membros da lista sem informações de doação ficaram sinalizados com “N.A.”
Este foi um ano de recorde na filantropia bilionária. Em setembro, Stewart e Lynda Resnick, donos da POM Wonderful e da Fiji Water, prometeram US$ 750 milhões ao Caltech, o Instituto de Tecnologia da Califórnia, para pesquisa em sustentabilidade ambiental. Em junho, o cofundador da Blackstone, Stephen Schwarzman, doou US$ 189 milhões para a Universidade de Oxford, (o maior presente individual para a escola desde o Renascimento) para financiar seu trabalho em humanidades. No mesmo mês, o bilionário da Broadcom, Henry Samueli, doou US$ 100 milhões à escola de engenharia da UCLA, a maior doação já feita ao departamento. A Forbes rastreia os donativos e compromissos como esses como parte de nossa cobertura contínua de doações de caridade das pessoas mais ricas do país.
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Embora o número dos maiores doadores tenha permanecido estável em 2019, aqueles que receberam notas 4 e 3 aumentaram em comparação a 2018. As mudanças refletem duas coisas: os mais ricos do país ficaram um pouco mais generosos, e a Forbes teve mais informações para trabalhar neste ano. Alguns bilionários se dispuseram a compartilhar dados em 2019. Como resultado, quatro dezenas de pessoas tiveram notas mais altas este ano do que no ano passado.
Neste ano, Warren Buffett liderou a lista dos principais doadores, com US$ 38,8 bilhões, que representam 32% de seu patrimônio líquido, e obteve a pontuação máxima de 5. Atrás, está o maior filantropo do ano passado, Bill Gates, que doou US$ 38,5 bilhões até agora.
De acordo com as últimas declarações fiscais, Geffen entregou US$ 38 milhões à sua fundação em 2017, o que elevou suas doações totais para US$ 1 bilhão. Acton e sua esposa, Tegan, por outro lado, estão expandindo sua rede filantrópica, a Wildcard Giving, que eles fundaram em 2014 depois que a Acton vendeu o WhatsApp para o Facebook. O casal já doou mais de US$ 1 bilhão para causas beneficentes.
Quarenta e um bilionários, incluindo o cofundador da Netflix, Reed Hastings, e o bilionário de software Philip “Terry” Ragon, tiveram neste ano pontuações mais altas do que no ano passado. Alguns, como Stephen Schwarzman, alcançaram uma nota mais alta graças a doações em 2018. Outros obtiveram uma pontuação mais alta porque conseguimos encontrar mais informações sobre suas doações vitalícias, por meio de novos documentos públicos ou detalhes fornecidos a nós pelos 400 membros da Forbes ou por seus porta-vozes.
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O compromisso do magnata Robert F. Smith, em maio, de acabar com a dívida dos estudantes de toda a turma de formandos de 2019 do Morehouse College gerou muitas manchetes, mas não mudou sua pontuação, porque o presente não era grande o suficiente. Em muitos casos, as fortunas cresceram mais rapidamente do que as doações filantrópicas ao longo da vida.
Para obter as informações nas quais baseamos nossa pontuação, os repórteres da Forbes analisaram os registros fiscais de fundações de caridade, declarações anuais, documentos e notícias sobre novos presentes. Quando possível, entrevistamos os membros e executivos da Forbes 400. Alguns disseram que optaram por doar anonimamente, citando preocupações religiosas ou de privacidade.
A Forbes acompanha a riqueza dos americanos mais ricos desde 1982. “Alguns [dos membros] nos disseram para cair fora”, disse James Michaels, editor veterano da Forbes, ao “New York Times” em uma reportagem de 1982 sobre a estreia da lista. “Eles disseram que não queriam fazer parte disso, que nos processariam. Isso acontece no jornalismo”. Às vezes, nossas matérias sobre doações filantrópicas recebiam uma resposta semelhante. “O novo ranking filantrópico é fundamentalmente falho, pois é tendencioso a favor daqueles que divulgam suas doações amplamente e contra doadores que optam por fazer suas contribuições de caridade anonimamente”, disse um membro atual da Forbes 400 que não quis se identificar, no ano passado.
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