A questão é que ser um vencedor não é um caminho isento de dificuldades e falhas, e o jogador fez questão de destacar isso em sua participação no evento online “Expert XP”, da XP Inc., ontem (17). O astro foi campeão da NBA cinco vezes, eleito o MVP – jogador mais valioso da liga – três vezes e conquistou uma medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Barcelona, em 1992, onde fazia parte do “Dream Team”, time de basquete dos sonhos dos Estados Unidos. Porém, um ano antes de subir ao pódio olímpico, em 1991, viu o chão sumir sob seus pés ao receber o diagnóstico de HIV positivo.
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A partir desse ponto, tomou atitudes que podem servir como inspiração para diversos momentos de dificuldade na vida. De diagnósticos turbulentos a desemprego, Johnson ressalta algo muito importante: “ficar confortável com seu novo status”. Conforto não significa conformismo, mas sim aceitação para não ter pena – ou raiva – de si mesmo e continuar lutando. “A seguir, você tem que tomar a medicação”, continua. No caso dele, um coquetel para o resto da vida para controlar a doença. Para outros, quem sabe uma simples mudança de ares ou o início de um novo aprendizado?
Aos 60 anos, o diagnóstico, que na época “era como uma sentença de morte”, fez dele um exemplo de resiliência. E embora isso tenha se tornado um grande marco para seu histórico de vitórias, não foi o único momento em que o jogador mostrou talento para lidar com as adversidades.
Em 1980, ainda calouro na NBA pelo Los Angeles Lakers, Johnson estava a caminho de uma final contra o Philadelphia 76ers. O astro do time no momento, Kareem Abdul-Jabbar, havia torcido o tornozelo e não poderia jogar as partidas decisivas, o que fez com que seu time desanimasse completamente. “Fiquei cinco horas no avião trabalhando o moral da minha equipe para eles saberem que nós podíamos ganhar sem o Kareem”, lembra. O final já é conhecido. “Não só ganhamos com o novato aqui marcando 42 pontos e pegando sete rebotes”, conta animado.
Com colegas de trabalho como Michael Jordan, o jogador diz valorizar muito a era de ouro que viveu no basquete. “É bom jogar contra os melhores. Você vai perder um jogo ou outro, mas é como você age após essa derrota que vai ditar tudo.” Além disso, muitas vezes seus adversários viravam companheiros de jogo, como nos casos das Olimpíadas e, nesse ponto, Johnson revela mais uma palavra-chave: a colaboração. Não havia espaço para ego quando o objetivo final era o mesmo.
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“Quando eu era o líder, antes dos jogos queria conversar individualmente com todos os jogadores, depois coletivamente. Eu dizia: ‘Gente, nós vamos ganhar e oferecer um grande show para quem está assistindo’.” Disciplina, positividade, trabalho em grupo e resiliência são apenas algumas palavras que percorreram a vida pessoal e profissional do jogador.
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